TSE terá grupo com o Ministério da Justiça para mapear pessoas que "atentam contra a democracia"
Colegiado terá participação da Polícia Federal e audiências com TREs
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, anunciou nesta quinta-feira (1º) a criação, em parceria com o Ministério da Justiça, de um grupo para aprimorar o rastreamento de pessoas que "atentam contra a democracia".
Segundo o ministro, esse grupo contará com a participação da Polícia Federal (PF) e, a partir de março, realizará audiências com os presidentes de todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
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O anúncio do ministro foi feito em pronunciamento feito durante a sessão solene de abertura do ano do Judiciário. Em sua fala inaugural, Moraes defendeu uma firme regulamentação do uso das redes sociais durante as eleições, e pediu a responsabilização dessas plataformas por conteúdos difundidos.
Segundo o ministro, as redes sociais devem ser responsáveis pelo conteúdo divulgado em suas plataformas, inclusive eleitorais.
– Eles devem ser, nos termos da legislação civil, responsáveis por aqueles conteúdos que seus algoritmos impulsionam, indicam, levam aos eleitores e eleitoras – disse.
Para Moraes, os provedores de redes sociais e de mensagem privada devem ser responsáveis por conteúdos direcionados por algoritmos e impulsionamentos de conteúdos. Os detalhes a respeito do grupo de trabalho com a PF ainda devem ser divulgados ao longo do mês de fevereiro.