Levantamento

Um terço dos órgãos federais do governo Lula segue sem chefia, diz levantamento

Reportagem do jornal Valor Econômico também apontou que 47 das 72 estatais e autarquias estão sem diretores definidos

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Prestes a completar dois meses, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue com vários órgãos da administração pública sem comando. Segundo publicou o jornal Valor Econômico, das 178 secretarias existentes, 60 (34%) estão com a chefia vaga.

Os dados foram levantados pela consultoria Ética Inteligência Política. Essas nomeações seguem aguardando o indicado passar pelos trâmites internos ou são motivo de disputas políticas entre os partidos da base aliada e estão indefinidas.

Pelo menos cem departamentos e diretorias que estão abaixo dessas secretarias, ou órgãos com status de secretarias existentes, também estão sem um responsável oficializado.

A situação é ainda pior nas estatais e autarquias: 47 (65%) de 72 entidades seguem sem definição de seus novos presidentes ou diretores-executivos, segundo a reportagem do Valor.

Essa demora nas nomeações tem provocado apagão em algumas áreas, geridas por interinos ou por escolhidos pela gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que já foram avisados que não ficarão no cargo.

Um dos exemplos é o Ministério das Relações Exteriores, onde nenhuma das secretarias teve a nomeação publicada ainda. A pasta alega que há trâmites demorados porque os futuros secretários estão em embaixadas. Na Ciência e Tecnologia, as quatro secretarias também estão vagas.

No Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva só nomeou até agora o gestor de uma das seis secretarias, a que é responsável pelos povos e comunidades tradicionais. Os órgãos que cuidam da Biodiversidade, da Mudança do Clima, do Desmatamento e da Bioeconomia estão "em processo de nomeação". A secretaria do Meio Ambiente Urbano segue acéfala e o Serviço Florestal Brasileiro, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro são tocados por substitutos.

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