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Valdemar chama Bolsonaro e filhos de "vencedores homéricos" após operação contra Carlos

Vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal que apura um esquema de espionagem ilegal na Abin

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL)Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL) - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, saiu em defesa, nesta terça-feira, 30, do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) após o parlamentar ser alvo de operação da Polícia Federal que apura um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com o líder da legenda, Carlos e os demais integrantes do clã Bolsonaro sofrem "perseguição" por serem "vencedores homéricos" na capital fluminense.

"Tudo o que está acontecendo é por conta das últimas pesquisas. Quero enfatizar que nosso projeto está mais forte do que nunca e vamos ganhar as eleições no Rio de Janeiro, porque o Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro são campeões de votos no Rio. O carioca é um povo esclarecido e está assistindo a tudo que está acontecendo em nosso País, sobretudo a perseguição à família Bolsonaro e aos nossos candidatos", afirmou, em nota.

Valdemar Costa Neto relaciona a operação deflagrada nesta segunda, 29, contra o vereador carioca ao anúncio extraoficial da filiação dele ao PL no Rio e ao acordo para que ele assuma a presidência do partido para coordenar a campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura nas eleições municipais deste ano.

"Na última quarta-feira, dia 24 de janeiro, a convite da presidência do PL no Rio de Janeiro, o vereador Carlos Bolsonaro esteve na sede do partido. Na ocasião, a direção estadual do PL fez o convite formal para o vereador se filiar ao Partido Liberal e assumir a presidência do partido na cidade do Rio de Janeiro. Um dia depois do anúncio, dia 25, foi deflagrada, pela Polícia Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a operação contra o deputado federal Alexandre Ramagem, nosso précandidato à prefeitura do Rio. Ontem, dia 29, em mais uma ação muito rápida, foi deflagrada outra operação da PF contra o vereador Carlos", diz.

O vereador vai disputar a reeleição para a Câmara do Rio de Janeiro e acumular a função de coordenador da campanha de Ramagem, que também é alvo de investigação.

De saída do Republicanos, o filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai assumir a presidência do diretório municipal do PL no Rio em março, quando abre a janela de transferência partidária. As condições de filiação do parlamentar ao partido foram seladas com Valdemar Costa Neto. Carlos está há 23 anos na Câmara Municipal - o início do primeiro mandato foi em 2001.

Como mostrou o Estadão, o PL não tem um plano B para a disputa à Prefeitura do Rio de Janeiro. O partido aguarda os desdobramentos da operação da PF contra Alexandre Ramagem para avaliar os impactos na corrida eleitoral municipal na capital fluminense. A operação representa um novo desgaste para a pré-candidatura de Ramagem, mas não tem forças para lhe tirar da corrida, avaliam líderes da legenda e até mesmo opositores.

Nesta segunda-feira, 29, Bolsonaro confirmou, em entrevista à CNN Brasil, a intenção de bancar a candidatura de Ramagem. "O Ramagem, no que depender de mim, é o nosso candidato a prefeito. Está indo muito bem. É uma pessoa competente e responsável", disse.

Homem de confiança do clã Bolsonaro, Ramagem foi escolhido para suceder ao ex-ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na indicação do diretório carioca na disputa contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tentará a reeleição.

 

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