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Saúde

Veja o que diz boletim médico de Lula após acidente doméstico

Lula teve um "ferimento corto-contuso em região occipital", o que significa um corte na parte de trás da cabeça

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do BrasilLuiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou a viagem que faria à Rússia neste domingo por orientação médica, após sofrer um acidente doméstico no sábado, informou a Secretaria de Comunicação (Secom) da presidência.

Veja abaixo o que diz o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês:

 

 

"O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deu entrada no Hospital Sírio-Libanês - unidade Brasília, em 19/10/2024, após acidente doméstico, com ferimento corto-contuso em região occipital (parte de trás da cabeça). Após avaliação da equipe médica, foi orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e Dra. Ana Helena Germoglio", diz o boletim médico do Hospital Sírio Libanês em Brasília.

Lula teve um "ferimento corto-contuso em região occipital", o que significa um corte na parte de trás da cabeça.

O presidente deu entrada no hospital no sábado e foi liberado no mesmo dia. Neste domingo, voltou ao centro médico para um atendimento programado após o acidente.

Os médicos não consideraram que a lesão foi grave. Como informou O Globo, Lula estava no Palácio do Alvorada apenas com a primeira-dama Janja da Silva, e sofreu uma queda no banheiro.

Segundo relatos, ele estava sentado em um banco que escorregou, caiu e bateu a cabeça. Com o acidente, o presidente machucou a parte de trás da cabeça, onde precisou levar cinco pontos.

A queda ocorreu logo após Lula retornar de São Paulo para Brasília. O presidente estava na capital paulista ontem para participar de atividades de campanha ao lado de Guilherme Boulos, o que acabou sendo cancelado pela chuva. Lula, no entanto, gravou vídeo ao lado do candidato.

Na cidade de Kazan, o chefe do Executivo brasileiro estaria na companhia dos ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Agora, ele vai participar por meio de videoconferência e é incerta a participação presencial dos ministros. Segundo a Secom, o presidente "terá agenda de trabalho normal esta semana em Brasília, no Palácio do Planalto".

Cúpula dos Brics
A Cúpula do Brics, inicialmente formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, inclui também, desde o ano passado, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.

Com o ingresso de nações com regimes antidemocráticos, e mais de 30 outros candidatos a fazer parte do clube, como Venezuela e Nicarágua, Lula iria aproveitar a viagem para recorrer ao pragmatismo e levar na mala a defesa de dois pontos considerados prioritários em sua política externa.

São eles a reforma da governança global, com destaque para o Conselho de Segurança da ONU, e a busca de formas de os países do bloco dependerem menos do dólar nas transações comerciais e de organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

O Brasil assumirá a presidência do Brics em janeiro de 2025, mas concentrará suas atividades no bloco no primeiro semestre. Na última parte do ano, o foco será a COP 30, conferência mundial sobre o clima, sediada em Belém (PA).

Agora por videoconferência, a ideia é que Lula possa argumentar que haverá resultados concretos, como aconteceu em 2014, na cúpula realizada em Fortaleza (CE), com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, sigla em inglês), ou Banco do Brics.

A instituição, até hoje, já emprestou mais de US$ 32 bilhões (18% ao Brasil), sobretudo em infraestrutura, com uma forte pegada de sustentabilidade e "funding" formado basicamente no mercado de capitais, principalmente o chinês.

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