Viúva de Marielle pede julgamento de suspeitos: "É preciso agir com agilidade e prudência"
Vereadora disse ainda que 'pacto do silêncio entre estes assassinos foi rompido'
Viúva de Marielle Franco, a vereadora Mônica Benício (Psol), disse, por meio de nota, que a operação de hoje da Polícia Federal e do Ministério Público renovam as "esperanças em termos a resposta sobre quem são os mandantes e as suas motivações para o assassinato de Marielle e Anderson". A parlamentar comemorou o que chamou de rompimento do "pacto do silêncio entre estes assassinos".
— A prisão de Maxwell, hoje, é um passo importante para a responsabilização de outro envolvido diretamente na execução do crime. Mas espero que a PF e o Ministério Público continuem nesta atuação de cooperação mútua, para levar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz ao júri ainda este ano. O pacto do silêncio entre estes assassinos foi rompido, é preciso agir com agilidade e prudência para se chegar às mandantes e suas motivações. Responder quem mandou matar Marielle e por quê é fundamental para restabelecermos a democracia do nosso país. Tenho esperança que esse momento está se aproximando — escreveu Mônica Benício.
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A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagraram nesta segunda-feira a Operação Élpis, na primeira fase de uma nova investigação sobre os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, no Centro da capital fluminense, em março de 2018. Em coletiva nesta manhã, o ministro da Justiça. Flávio Dino, revelou informações dadas por Élcio Queiroz durante uma delação premiada, há 15 dias. Nela, ele confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. O delator afirmou ainda que ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel fez campanas para descobrir a rotina de vereadora.
De acordo com a PF, foi cumprido um mandado de prisão preventiva. O alvo é o ex-bombeiro. Ele passou a ser suspeito de participar do planejamento do homicídio da vereadora. Apontado como cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado do duplo homicídio, o sargento já havia sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II. Segundo o MP, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam num apartamento de Ronnie Lessa. Nesta nova fase, o ex-bombeiro é acusado de ter vigiado e acompanhado os passos de Marielle antes do crime.
Leia a Íntegra da nota de Mônica Benício
A operação da PF e do MP renova nossas esperanças em termos a resposta sobre quem são os mandantes e as suas motivações para o assassinato de Marielle e Anderson.
A atuação da PF nas investigações, em colaboração com o MPRJ, tem sido fundamental. Mas, a luta de nós familiares e da sociedade civil, que formamos uma grande Força-Tarefa, ao longo deste mais 5 anos, é o que tem deixado este caso em evidência.
A prisão de Maxwell, hoje, é um passo importante para a responsabilização de outro envolvido diretamente na execução do crime.
Mas espero que a PF e o Ministério Público continuem nesta atuação de cooperação mútua, para levar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz ao júri ainda este ano. O pacto do silêncio entre estes assassinos foi rompido, é preciso agir com agilidade e prudência para se chegar às mandantes e suas motivações. Responder quem mandou matar Marielle e por quê é fundamental para restabelecermos a democracia do nosso país. Tenho esperança que esse momento está se aproximando.