Weintraub deixa o Brasil e já está nos EUA, dizem irmão e assessoria do MEC
Weintraub tem dito que ele e a família sofrem ameaças
Abraham Weintraub deixou o Brasil e, neste sábado (20), está nos Estados Unidos. Ele foi demitido do MEC (Ministério da Educação) na quinta-feira (18) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e sua exoneração ainda não foi oficializada.
De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, Weintraub viajou ainda na sexta-feira (19) e já se encontra em Miami.
Ele deixou o país no mesmo dia em que o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de apreensão do passaporte de Weintraub para evitar que ele saísse do país.
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Alvo do inquérito das fake news, que tramita no Supremo, Weintraub também é investigado no tribunal por racismo, por ter publicado um comentário sobre a China.
Integrantes do Judiciário já diziam, nos bastidores, acreditar que Weintraub poderia ser preso, o que vinha preocupando o ministro.
Em mensagem publicada no Twitter neste sábado, a localização de Weintraub aparece em Miami. "As coisas aconteceram muito rapidamente", escreveu o ministro em resposta a um seguidor.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 20, 2020
O irmão do ministro, Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência), também fez publicação nas redes sociais em que afirma que Abraham está fora do país. "Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA", escreveu o irmão.
Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA.
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) June 20, 2020
Ao anunciar a saída do MEC, ao lado de Bolsonaro, Weintraub disse que sairia do país para assumir uma posição no Banco Mundial. A indicação para a vaga, entretanto, ainda não foi efetivada.
Weintraub tem dito que ele e a família sofrem ameaças. "Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias)", escreveu o ministro nesta sexta-feira.
Bolsonaro demitiu Weintraub após desgaste com o STF. Weintraub defendeu a prisão dos ministros da corte em reunião ministerial de 22 de abril e depois reafirmou o posicionamento em encontro com manifestantes favoráveis ao governo.