Zema é vaiado em cerimônia de honrarias; FHC e ministros de Lula e Bolsonaro não compareceram
Evento da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto foi marcado por manifestantes que gritavam "Fora, Zema" nas participações do governador
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) passou por um desconforto neste domingo durante a cerimônia da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto, no interior do estado. O evento que marcou a concessão da maior honraria de Minas contou com vaias durante as participações do governador.
Na solenidade, também foram entoados gritos de "Fora, Zema" e "Zema caloteiro", em alusão ao pleito de reajuste salarial que vem sendo feito por servidores públicos no estado.
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O evento teve a baixa do principal homenageado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que iria receber o grande colar da Inconfidência, mas não compareceu por questões de saúde. A entrega foi postergada.
— Me inspiro em Fernando Henrique para que o legado do meu governo não seja algo pontual, mas sim uma mudança de paradigma em Minas Gerais — disse o governador neste domingo.
Outros homenageados também estiveram ausentes, incluindo aliados do governo Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ex-ministra da Agricultura e senadora, Tereza Cristina (PP-MS). No caso do ministro de Lula, Messias não pode comparecer por compromissos pré-agendados em Brasília.
Criada em 1952 por Juscelino Kubitscheck, a Medalha da Inconfidência é entregue anualmente no Dia de Tiradentes. A solenidade homenageia 170 pessoas com quatro graus de honraria: a Grande Medalha (40), a Medalha de Honra (58), a Medalha da Inconfidência (72) e o Grande Colar (1).
No ano passado, outro ex-presidente recebeu a maior honraria — Michel Temer (MDB). Já o senador Sergio Moro (União Brasil-PL) foi um dos agraciados com a medalha.