CIGARRO ELETRÔNICO

Agosto Branco e os riscos à saúde provocados pelos cigarros eletrônicos

A utilização do vape faz tão mal quanto ou até pior que o uso convencional do tabaco

Homem utilizando o cigarro eletrônico.Homem utilizando o cigarro eletrônico. - Foto: Eva Hambach/AFP

A Campanha do Agosto Branco, enfatizada no mês de agosto, busca conscientizar e prevenir a população em relação ao câncer de pulmão. Entre os principais vilões desta neoplasia, o tabagismo se destaca pelos grandes danos à saúde, inclusive, os cigarros eletrônicos, que têm sido uma “febre” na juventude, apesar de ter sua venda proibida no Brasil.

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”, foram lançados em 2003. Porém, o uso dessa substância tem atraído cada vez mais jovens e despertado o uso de cigarros tradicionais.
Especialistas apontam que cigarros eletrônicos representam uma forma de atrair os jovens para a dependência química e, em uma etapa posterior, tornarem-se consumidores de cigarros comuns. Adolescentes que usam os cigarros eletrônicos são mais propensos a fumar cigarros convencionais.

Os “vapes” são alimentados por bateria através de um sistema de aquecimento, eles vaporizam uma solução líquida que é inalada pelos usuários. Nos “vapes” podem conter inúmeras substâncias químicas, como a nicotina, aromatizantes, derivados do cannabis, propilenoglicol, glicerina vegetal e até mesmo metais pesados, como chumbo, ferro e carbono.
O fato é que os cigarros eletrônicos podem levar ao câncer de pulmão, câncer dos seios da face, enfisema pulmonar, fibrose pulmonar, entre outros. 

E para falar sobre o assunto com mais detalhes, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou com a pneumologista do M-Tórax, Magda Maruza, que alertou sobre o consumo da nicotina presente nos cigarros eletrônicos.

 

 Pneumologista Magda Maruza. Foto: Divulgação

 
 “A nicotina é um vício, e sendo um vício, ele vai sendo alimentado pelo consumo. Então o que é que a indústria quer? Vender, a indústria quer dinheiro e quando as campanhas começaram a diminuir o número de tabagistas no mundo inteiro, inclusive no Brasil, o número de fumantes de cigarro convencional no Brasil diminuiu muito. Então a indústria quer introduzir uma nova forma de fumar através de produtos que sejam atrativos para os jovens. Então a nicotina é uma droga lícita, e aí a indústria faz os dispositivos eletrônicos com um slogan que não é verdadeiro, como se não fizesse mal”, explica Magda

 
A especialista também falou sobre as diversas substâncias maléficas presentes no “vape”
 


“Dentro do cigarro eletrônico tem várias substâncias cancerígenas que podem levar à morte por um processo inflamatório pulmonar difuso, além de tantos outros problemas, o cigarro eletrônico pode explodir na boca causando lesão na face. No Brasil, como a substância não é legalizada, os cigarros eletrônicos são importados, geralmente vindo da Bolívia, do Paraguai e ninguém sabe nem o conteúdo presente nele. Ainda tem cigarro eletrônico feito em fundo de quintal, já que dentro daquele líquido que fica dentro do dispositivo ninguém sabe muitas vezes o que tem.  Então isso é um perigo. A gente vê hoje vários jovens com problemas pulmonares inclusive expondo isso na mídia por conta do cigarro eletrônico”, alerta 

 
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