Câncer de pulmão é o tipo que mais mata no Brasil e no mundo
A intervenção cirúrgica é a única garantia de cura da doença
O câncer de pulmão, doença que levou à morte a cantora Rita Lee, é o tipo com maior mortalidade em todo o mundo. O tabagismo é o principal fator de risco para a doença, além de exposição à poluição do ar e a agentes químicos ou físicos. Realidade que pode se tornar diferente se os cuidados com a prevenção, o diagnóstico e a cirurgia precoce forem priorizados.
Em entrevista ao âncora Jota Batista, no Canal Saúde desta sexta-feira (12), o cirurgião torácico Alisson Barbosa explicou a relevância da cirurgia para o câncer de pulmão.
“O câncer de pulmão, que levou um dos ícones da nossa música (Rita Lee) essa semana, ainda hoje, em 2023, tem como única garantia de cura a intervenção cirúrgica. Existem casos em que, mesmo com o paciente tendo o diagnóstico, a cirurgia não é indicada. Mas, nesses casos, a gente tem controle da doença para evitar que ela se espalhe mais e até tenha regressão”, afirmou.
Alisson Barbosa também definiu quem tem mais chances de desenvolver um câncer de pulmão e orientou o que deve ser feito, nesse caso.
“Quem tem mais de 50 anos, mesmo sem histórico familiar, mas que fuma há mais de 15-20 anos pelo menos uma carteira por dia: esses são os pacientes onde a gente tem os fatores de risco mais fortes. Eles devem procurar o médico que os acompanha regularmente e entrar no protocolo de rastreio, com tomografias de baixa dose para tentar identificar tumor”, disse o médico.
O cirurgião torácico explicou, ainda, o que é uma tomografia de baixa dose.
“A dose é muito reduzida, ou seja, tem muito menos efeitos nocivos da exposição à radiação. E os efeitos benéficos para esse grupo de pacientes são muito bem documentados na literatura. Em comparação a uma tomografia normal para uma outra patologia, para um outro tipo de protocolo, ela tem uma dose menor de radiação e a mesma eficiência”, declarou.
Você acessa a entrevista da Rádio Folha 96,7 FM na íntegra através do player abaixo.