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CANAL SAÚDE

Como o estresse e a ansiedade influenciam na disfunção sexual masculina?

Mudar os costumes, as práticas cotidianas, ter acompanhamento médico e uso de remédios passados pelo urologista para o problema são os caminhos para reverter a disfunção erétil

Foto: freepik.com

Dia a dia atribulado, trânsito das cidades, tecnologia em excesso, noites mal dormidas... esse pacote pode trazer alguns eventos adversos para a saúde do homem. Não é só o coração que padece, a saúde sexual pode entrar em colapso. É importante que o homem, principalmente aquele acima dos 40 anos, mantenha uma boa saúde, com alimentação natural, atividade física sempre que possível, boas noites de sono, para que seu organismo se restabeleça das cobranças diárias. 

Muitos homens sob estresse ou pontual (por perdas, desemprego, etc) acreditam ter disfunção erétil, quando na verdade o problema é a diminuição da libido. A solução do impasse é passar por ajuda médica, com o objetivo de ajudar a pessoa afetada pelo estresse a ter uma vida mais equilibrada, através de uma série de mudanças no estilo de vida. Também verificar se há algum transtorno de cunho emocional de fundo. Mudar os costumes, as práticas cotidianas, ter acompanhamento médico e uso de remédios passados pelo urologista para o problema são os caminhos para reverter a disfunção erétil.

Para falar sobre o assunto com mais detalhes, Patrícia Breda, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou no Canal Saúde com o médico urologista Felipe Dubourcq que falou sobre as causas da disfunção erétil nos homens

 

Médico urologista Felipe Dubourcq. Foto: Divulgação


“A disfunção sexual masculina, pode ter duas vertentes, ou a falta de interesse pela atividade sexual ou a falta de qualidade de ereção para penetração e para o completar o coito. A vida estressante e a vida urbana que a gente tem hoje, com trânsito, ansiedade, o estresse do trabalho, mexem com o emocional. O emocional quando tá desativado, por assim dizer, faz com que o fisiológico funcione melhor, então você tem o estímulo hormonal, o desejo sexual e você tem uma qualidade de ereção suficiente para que você faça um percurso sexual, a penetração de uma forma normal, e quando você tem um excesso de estresse como na vida urbana de hoje ou quando você tá vivendo algum problema maior dentro de sua família ou do seu trabalho, o que acontece como resposta do organismo é uma liberação de substâncias que a gente dá o nome de catecolaminas, elas preservam o corpo como se fosse para uma luta e deixam o sangue e as atividades vitais centradas pra luta e fuga, e o organismo entende que aquele momento o principal é sobreviver à aquele estresse, aquela angústia. Aquele momento que é um momento prazeroso da atividade sexual fica relegado a um segundo plano.”
 


 
 O especialista alertou para as doenças crônicas existentes que também podem afetar no desempenho sexual masculino
 


“Não devemos esquecer das doenças crônicas, como colesterol alto, triglicerídeo alto, e a diabetes, isso faz com que a os canos e as artérias que levam o sangue para dentro do pênis, eles comecem a ficar obstruídos e não conseguindo um bom aporte de sangue, uma boa quantidade de sangue para promover a ereção. Então existe o lado emocional como a gente tá falando do estresse, mas isso é um conjunto que trabalha como uma engrenagem de motor. Então eu costumo dizer que a atividade sexual começa antes de começar e termina depois de terminar não adianta você querer ter uma briga no café da manhã com a esposa, e de meio-dia querer ter uma boa atividade sexual. É muito raro o homem ter uma performance sexual satisfatória, depois de estresses, a quantidade de catecolamina que foi disparada nesse organismo é uma quantidade tão grande que mesmo que ele use uma dessas drogas novas, ele não vai conseguir uma boa resposta, então realmente existe algumas coisas que a gente vai somando uma a outra.”


Ficou interessado? Ouça o podcast completo acessando o link abaixo.
 

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