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DEPRESSÃO

Depressão em idosos: fatores de risco, sintomas e tratamento

O transtorno pode ter algumas características específicas para quem está nessa faixa etária. Saiba como identificar os sinais e ajudar um idoso com a doença

Idoso com reação de tristeza.Idoso com reação de tristeza. - Foto: freepik.com

A depressão é um transtorno mental que pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive na infância. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm depressão.
Contudo, em pessoas acima dos 60 anos, podem existir algumas complicações. Para começar, são muitos os fatores de risco que favorecem um quadro depressivo. É nesta fase da vida que geralmente a pessoa mais enfrenta mudanças indesejadas, perdas e sentimento de luto. Além disso, o tratamento também pode ser mais difícil e demorado.

Em casos extremos, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. E a população idosa é uma das mais afetadas: informações do último Boletim Epidemiológico sobre o tema mostram que a faixa etária acima dos 60 anos teve as maiores taxas de suicídio nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste do país em 2019.

O tratamento é fundamental para prevenir o agravamento da doença e desfechos trágicos. Os familiares também têm um papel muito importante nesse contexto, pois em muitos casos são eles que vão conscientizar o paciente sobre a doença, incentivá-lo a procurar ajuda e dar o suporte necessário no enfrentamento à depressão.

Para falar mais sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha FM 96,7, conversou no Canal Saúde com o psicólogo Aluísio Soares.

 

Psicólogo Aluísio Soares. Foto: Divulgação
 

“Para que a população de uma forma geral consiga entender como esse processo clínico, que pode surgir desde a infância até fases mais avançadas no processo de envelhecimento,  a doença apresenta sintomas que trazem consequências para a vida cotidiana das pessoas. A gente tá falando de alterações rápidas de humor, estamos falando de tristeza profunda, um processo melancólico muito  diferenciado, isso em alguns momentos, mas que acaba gerando diversas reclusões, ou seja, as atividades diárias acabam perdendo sentido”
 


Ficou interessado? Ouça o podcast completo acessando o player abaixo.

 

 
 
O especialista alertou a importância de se estar atento aos sinais:
 

 

“A doença em si, ela é uma coisa, mas a condição de tristeza é outra. Nem tudo é um transtorno depressivo, nem tudo é um processo patológico de tristeza. As adversidades, os conflitos que a gente vivencia na nossa vida cotidiana trazem para a gente um caminho de processos de emoções. Assim como a ansiedade, por exemplo, é uma emoção e  precisa ser sentida, a tristeza também. Entender isso tudo e perceber a frequência e intensidade desse conjunto de sintomas como a tristeza e alguns outros é importante, e  se esses sintomas aparecem na sua rotina com frequência demais, aí a gente precisa acender o sinal de alerta e entender que é possível que  isso possa ser algo relacionado a um transtorno depressivo”
 

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