Dor abdominal na infância: o que pode ser?
Incômodo pode ocorrer em qualquer faixa etária e em ambos os sexos
A dor abdominal é uma das queixas mais comuns no atendimento em consultórios ou emergências pediátricas, pois muitos órgãos estão localizados no abdômen. Na maioria das crianças ou adolescentes, está relacionada a causas provenientes do sistema digestivo, porém causas urinárias, alterações em testículos e ovários, pneumonias e outras doenças podem também desencadear dor abdominal, que pode ocorrer em qualquer faixa etária e em ambos os sexos. Para falar sobre o assunto, a âncora da Rádio Folha 96,7 FM, Patrícia Breda, conversou, no Canal Saúde desta sexta-feira (9), com o cirurgião pediátrico Lívio Veloso.
Segundo o médico, as dores abdominais podem ser comuns ou representar problemas maiores.
“É uma ‘infinidade’ de possibilidades. O que a gente pode mais salientar é o que chama atenção na dor abdominal, porque vai depender muito da idade, desde a cólica que, por exemplo, os recém-nascidos sentem até os 4 meses, já que eles não têm o intestino funcionando de forma plena. Mas nesse mesmo recém-nascido, pode ter uma dor que pode caracterizar uma doença mais grave”, afirmou.
Lívio Veloso também explicitou quando as dores abdominais se tornam motivo de preocupação, como, por exemplo, quando há fatores tipo febre associados.
“Geralmente, são dores mais intensas. Uma dor abdominal que dura mais de 6 horas, de forma contínua e sem alívio, já pode ser considerada um possível abdome agudo. Uma dor abdominal associada a vômitos intensos, principalmente vômitos biliosos, ou mesmo alimentares, mas intensos, já é motivo para procurar um pediatra. Uma dor abdominal que esteja associada à distensão abdominal (quando você vê a criança com a barriga crescida). Esses sinais denotam que pode ser algo a mais”, declarou.
Você acessa a entrevista na íntegra através do player abaixo.