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Endometriose é uma doença que pode dificultar gravidez e provocar aborto

A endometriose afeta 6,5 milhões de mulheres no Brasil

Imagem de mulher Imagem de mulher  - Foto: freepik.com/master1305

A endometriose afeta 6,5 milhões de mulheres no Brasil, segundo um levantamento da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2020). A doença varia de incidência, dependendo da região e do estilo de vida das mulheres. A doença é caracterizada pela presença de células do endométrio, tecido de revestimento do útero, em outros órgãos da região abdominal, como bexiga, ovários, trompas e parte externa do útero. Os hábitos de vida podem contribuir ou não para o desenvolvimento da doença. Falta de atividade física, obesidade, alimentação inflamatória e uso de contraceptivo são fatores importantes. Para falar mais sobre o assunto, Jota Ferreira, âncora da Rádio Folha FM 96,7, conversou no Canal Saúde com a Médica ginecologista Altina Castelo Branco, da Artfértil, no Recife.

Médica Altina Castelo BrancoGinecologista especialista em Reprodução Humana, Dra Altina Castelo Branco


 
A médica Altina Castelo Branco explicou o porquê de algumas mulheres sentirem dores como sintoma da endometriose enquanto outras não sentem nada.


“Isso complica muito o diagnóstico. Dor é um sintoma subjetivo, então, às vezes tem um limiar da paciente que vai mudando. E aí dependo da paciente ela suporta mais a dor. E também depende muito da onde essa inflamação vai atingir, se ela pega um ponto nervoso causa mais dores do que uma outra que pega mais uma parte de musculatura ou de mucosa, então também depende um pouco se vai pegando a inervação ou não da região”
 

A médica Altina Castelo Branco também falou sobre os possíveis tratamentos para a endometriose e como eles agem no corpo da mulher.

 

“O tratamento muda de acordo com os sintomas e com a queixa principal dela, vai da prioridade da paciente também. Por exemplo, eu tenho uma paciente que tem dor, mas ela quer muito um filho e está tentando engravidar, então nessa paciente eu não posso bloquear a menstruação dela através de pílula de uso contínuo hormonal. Mas uma paciente que tem dor, mas não quer filho, aí sim eu posso usar desde pílulas orais de forma contínua ou injetável ou até mesmo um diu de progesterona para que ela não menstrua, e melhore esses sintomas. Poderia se pensar também cirurgia de laparoscopia para ver as aderências de inflamação, que melhoraria a dor e melhoraria a probabilidade de ela engravidar. Mas se essa mulher que quer engravidar e tem dor, por exemplo, o parceiro tem um sêmen meio ruim, e ela vai fazer a cirurgia, até pode melhorar da dor, mas se o parceiro tiver um espermograma ruim, ela vai continuar sem engravidar, então talvez para essa mulher fosse melhor uma fertilização porque não adianta resolver um problema e continuar com o outro”
 

Quer ficar por dentro de todo o assunto? Ouça o Podcast completo no player abaixo.

 

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