Fato & Análise - Isolamento social contribui para o aumento da violência contra crianças
Vizinhos, familiares ou outras pessoas próximas podem identificar a situação e fazerem a denúncia no Conselho Tutelar
Em meio à pandemia do novo coronavírus e isolamento social, crianças em casa, juntamente com pais, padrastos, madrastas e demais responsáveis, são fatores que vêm contribuindo para ocorrências de agressões envolvendo menores. Essa avaliação é da psicóloga Vívian Carla Barros de Araújo. “O estresse causado pelo isolamento acaba refletindo na criança que é o ser mais frágil da família”. Com o caso do garoto Henry Borel, quatro anos de idade, foram levantados questionamentos sobre negligências ocorridas dentro de casa, local onde os menores deveriam estar mais protegidos.
De acordo com a psicóloga, a criança mostra de diversas formas que está sofrendo abusos e, às vezes, até verbaliza sua angústia. Os vizinhos, familiares ou outras pessoas próximas também podem identificar a situação. “A criança muda o comportamento e pode até contar o que vem acontecendo, mas os pais ou quem assume a função paterna ou materna acham que é coisa da cabeça dela, atribuindo a sua história a mudanças recentes que ocorreram como troca de escola ou separação dos pais”, alertou Araújo. Qualquer pessoa que desconfiar de algo errado com um menor, pode fazer a denúncia no Conselho Tutelar através do disque 100. “A escola é outro ambiente que pode ajudar a tirar a vítima do sofrimento por conta do convívio diário, inclusive, com atendimentos psicológicos”, complementou Araújo.
Entre as consequências da criança agredida estão os transtornos de ansiedade e alimentar, a depressão e a dificuldade de aprendizado. “O ideal é, inicialmente, um acompanhamento psicológico e, se identificada a necessidade, encaminhamento a outro profissional dependendo dos sintomas apresentados”, concluiu.
Para falar sobre o assunto, Jota Batista conversa no Espaço Aberto com a psicóloga clínica, Vânia Castor.
Você pode ouvir o podcast Fato & Análise no player abaixo.
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