Feridas crônicas afetam mais de 5 milhões de brasileiros
No mundo, as feridas crônicas afetam cerca de 20 milhões de pessoas
As feridas crônicas são um grave problema de saúde pública no Brasil. Com difícil cicatrização, elas podem permanecer por meses ou até mesmo por anos nos pacientes, podendo levar até a amputação de membros. Estima-se que a doença afete mais de 5 milhões de brasileiros, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz- Fiocruz.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, com base em dados do Ministério da Saúde, no período de 2012 a 2021, cerca de 245 mil brasileiros sofreram amputação de membros inferiores e metade das amputações, aconteceram em pacientes com diabetes.
Com o avançar da idade e por doenças diversas, pessoas podem desenvolver feridas que não se cicatrizam, tornando-se uma ferida crônica. Algumas questões, como mobilidade reduzida, problemas de circulação e mesmo o diabetes, como já dito, dificultam a cicatrização da ferida. Esse quadro permanente pode levar a prejuízos sociais e emocionais ao paciente.
Uma ferida limita a vida social e profissional, e elas podem se prolongar por mais de 2 anos. O que ocorre é que mesmo a ferida estando com aspecto limpo, ao seu redor existe um edema não visto a olho nu, o que não permite a cicatrização final, porque os vasos capilares encontram-se comprimidos.
Para falar sobre o assunto com mais detalhes, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM conversou no Canal Saúde com a médica geriatra, com formação pela Sociedade Alemã de Geriatra, Flávia Goldmann que falou dos impactos que essas feridas crônicas tem na vida dos pacientes
“O impacto na vida do paciente é evidente, para ele mesmo com a sua qualidade de vida, como economicamente falando para o país inteiro, porque são curativos, são antibióticos, muitas vezes internamento hospitalares por conta de infecções secundárias, já que essa ferida não cuidada pode causar problemas, como infecções. E as feridas crônicas podem desencadear problemas emocionais pelo fato dessas feridas não saram.”
A especialista falou sobre os pacientes diabéticos que são os que mais sofrem com as feridas crônicas
“ Os diabéticos não têm a mesma sensibilidade das pessoas não diabéticas, porque os nervos são acometidos, então é uma das razões para se ter feridas crônicas e preocupantes, e para que elas se curem é necessário que sejam diagnosticadas e sabermos o tipo dessa ferida, e os problemas que esse paciente tem, para um diagnóstico e ai sim a cura dessa ferida.”
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