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SAÚDE BUCAL

Língua presa em bebê: quando procurar ajuda?

Anquiloglossia, ou língua presa, é uma condição que afeta de 4% a 11% dos recém-nascidos

Foto: Canva

A repercussão em torno da decisão dos influenciadores Viih Tube e Eliezer de submeter seu filho à frenectomia reacendeu a discussão sobre a anquiloglossia - popularmente conhecida como “língua presa" em bebês. O problema  ocorre quando o frênulo lingual, uma membrana delicada que conecta a língua à boca, apresenta características atípicas, sendo mais curto ou espesso do que o normal.

Nos últimos anos, o número de procedimentos cirúrgicos para corrigir a "língua presa" tem apresentado um crescimento expressivo no país. Dados do Ministério da Saúde apontam que, somente na rede pública, as frenectomias passam de 28.777 em 2021 para 47.619 em 2023 - um aumento de 65,47%. Esse cenário reflete uma maior conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a língua presa.

Apesar de muitas vezes passar despercebida, a anquiloglossia, língua presa em bebês, pode trazer consequências significativas já na fase de amamentação, prejudicando a sucção do bebê e, consequentemente, sua nutrição. Uma condição, se não tratada, pode afetar a sucção, mastigação e a fala.

Nesta segunda-feira (24), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou com o cirurgião pediátrico Dr. Rodrigo Gallindo sobre a “língua presa” em bebês.

Acompanhe a entrevista completa acessando o player abaixo.

O cirurgião pediátrico Dr. Rodrigo Gallindo falou sobre a necessidade da realização de procedimento cirúrgico 

“Para chegar num procedimento cirúrgico, é o que a gente chama de último passo. Se você tem dificuldade com as manobras com o pessoal da fonoaudiologia, com o pessoal que faz esse trabalho de assistência para a amamentação Depois disso, se você não consegue, aí você pode pensar em um procedimento cirúrgico, caso haja indicação."

Cirurgião pediátrico Rodrigo Gallindo. Foto: Divulgação

O Dr. Rodrigo Gallindo também falou sobre as consequências da realização deste procedimento de forma tardia

“Tem risco e tem complicações como qualquer procedimento cirúrgico. A grande coisa que a gente tem que pensar bem é o risco e o benefício do procedimento, né? Se eu consigo fazer esse procedimento e a criança vai ter um benefício importante, então a gente vai indicar o procedimento, certo? Sempre pensando, discutindo com a equipe, multidisciplinar, a melhor maneira biotécnica.” finalizou.

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