Márcia Pequeno revela o rock que tem no forró em show no Teatro Apolo
Com direção musical de Gilú Amaral, o show "Forrock" será no próximo domingo (02), às 16h, aberto ao público
Como forma de dar o pontapé nas celebrações em torno dos 15 anos de carreira, a serem completados em 2025, a cantora pernambucana Márcia Pequeno sobe ao palco do Teatro Apolo, neste domingo, 2 de junho, para apresentar o show “Forrock” a partir das 16h, ao lado do sanfoneiro Fernando Vinil. A apresentação, que será aberta ao público, une dois lados do trabalho desenvolvido pela artista, que iniciou a trajetória musical pelo rock e a psicodelia para, anos depois, abraçar a música popular, em especial, o forró e o frevo.
No espetáculo, que tem direção musical de Gilú Amaral, a cantora promove uma espécie de tributo a uma das bandas mais representativas da cena roqueira em Pernambuco, a Ave Sangria, hoje composta por Marco Polo Guimarães, Almir de Oliveira, Juliano Holanda e o próprio Gilú Amaral. Mas não só à Ave Sangria, na verdade, Márcia Pequeno volta às raízes para resgatar uma parte de sua história e da cena dos anos 70 no Estado. O show é realizado com o benefício da Lei Paulo Gustavo e apoio da Prefeitura do Recife.
“Gravei e cantei muito composições de integrantes da Ave, mas também de Lula Côrtes e de Alceu Valença. Quero muito homenagear Israel Semente, que foi baterista da Ave e era um amigo querido. Enfim, será um grande tributo ao rock de Pernambuco, e terei a alegria de dividir o palco com Almir, Marco Polo, Breno Lira e com Gilú”, destaca a cantora. “São músicos com os quais já tenho amizade, como Almir, que é um grande parceiro, mas nunca chegamos a cantar juntos, pelo menos nunca oficialmente. Será realmente marcante”, completa Márcia.
O palco escolhido para esta celebração pra lá de especial tem um significado especial para a cantora.
“Tudo tem um porquê, não é? Foi no Teatro Apolo que fiz o meu primeiro show profissional para o público. Voltar agora, 15 anos depois, me emociona muito. E o Apolo também era a casa dos shows da psicodelia do Recife. Curiosamente, eram sempre shows em datas complicadas, horários ruins, para ver se não vingavam. E as bandas lotavam a casa!”, lembra ela.
Para o percussionista e diretor musical Gilú Amaral, este encontro do rock com o forró é um casamento que já deu certo
“O que o público pode esperar deste casamento musical proposto no ‘Forrock’? Acho que esse já é um casamento bem antigo. As bandas de pífanos são bandas de rock'n'roll. Aquela sonoridade, aquela pegada já tem um toque de rock'n'roll na sua identidade, na sua personalidade. O próprio Gonzaga também tinha isso. Não o rock'n'roll mesmo, no sentido musical, mas no sentido mais antropológico da palavra, da atitude rock'n'roll”.
CARREIRA
Márcia Pequeno nasceu no Recife em 1968, um ano de mudanças mundiais no protagonismo cultural e político da Juventude. Ela é herdeira dessa inquietude. De voz afinada, com timbre suave, sem sotaque regional, Márcia tem exercitado, ao longo da carreira um repertório consistente de música contemporânea brasileira, a partir de raízes pernambucanas. A artista participa, tradicionalmente, dos ciclos culturais locais, com destaque para o São João e o Carnaval.
A artista coleciona quatro discos gravados: “Brilho de Mulher” (2011), “Som de Cinema” (2013), “Madrugada e Frevo” (2014) e “Márcia Pequeno Canta o Grande Petrúcio Amorim” (2017).
Para o São João 2024, já está agendado show no dia 21 de junho, no Arraial da Rio Branco, no Recife.
SERVIÇO
Show “Forrock”, com Márcia Pequeno, domingo (2/6), no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, Recife), às 16h. Ingressos gratuitos, sendo obrigatória a retirada pela plataforma Sympla.