Os riscos da conjuntivite nas aglomerações das férias
Com as aglomerações, em festas, piscinas e academias, os casos tendem a aumentar
Neste período de férias acontece o aumento dos casos de conjuntivite, a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a esclera (parte branca do olho). a doença pode ser explicado por alguns fatores: como a chegada do calor e da umidade nesta época do ano (já que o vírus circula com mais facilidade no ar) e o maior número de pessoas aglomeradas nos mesmos locais. Apesar da doença geralmente desaparece em poucos dias, dependendo da causa a conjuntivite pode durar de 20 a 30 dias.
Outro ponto importante que ajuda a explicar o aumento dos casos é o retorno às atividades de antes da chegada da pandemia da Covid-19
Para abordar o assunto com mais detalhes, Jota Batista, âncora da Rádio Folha FM 96,7, conversou no Canal Saúde, com a Médica oftalmologista do HOPE, Laura Sabino.
Médica oftalmologista Laura Sabino. Foto: Cortesia
A oftalmologista Laura Sabino, trouxe alguns dados sobre o aumento exponencial dos casos de conjuntivite neste verão
“No período do verão, quando a gente tem uma maior circulação de pessoas, então a tendência é de maior transmissão. Então desde que começou o verão, estamos com uma crescente de aumento de casos de conjuntivite. Em novembro o aumento foi de 63% aqui no nosso hospital em relação ao mesmo período do ano passado, acreditamos que se dá por esse tempo quente uma maior circulação dos vírus e também por uma maior aglomeração das pessoas e esquecimento das medidas que a gente teoricamente aprendeu com o Covid, a população parece que a gente voltou no passado e a gente esqueceu o que a gente aprendeu com a Covid”
A especialista também explicou um pouco sobre os tipos de conjuntivite.
“Temos as conjuntivites infecciosas e as não infecciosas, as não infecciosas pode ser uma alergia que começa com coceira, com irritação e é intermitente, mais crônica. Temos as conjuntivites químicas, que é quando você tem contato de alguma substância química com a superfície do olho, por exemplo um aerossol, até um protetor solar que caiu e entrou em contato com o olho pode causar irritação, um acidente com detergente ou um ácido. Temos as infecciosas que as principais são as bacterianas, e as virais, elas geralmente vêm associadas a maior transmissibilidade e elas dão um quadro mais exacerbado de edema, olho inchado e vermelho com mais sintomas e menos secreção. As bactérias ao contrário geralmente elas têm menos esses sintomas de edema olho vermelho. Mas elas costumam ter maior quantidade de secreção, porém a grande maioria das conjuntivites, elas iniciam virais e elas fazem contaminação secundária, você inicia com aquele quadro leve, sintomas de irritação e dois, três dias depois o olho já está totalmente repleto de secreção, então é importante que se procure atendimento. Você iniciou o quadro de irritação, geralmente recomendamos a limpeza externa com soro fisiológico, uso de compressas geladas, uso de lubrificantes oculares e caso não haja melhora procurar o atendimento médico” disse a oftalmologista.
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