Programa Futuras Cientistas prorroga inscrições até a próxima segunda (17)
A criadora do projeto e diretora do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, Giovanna Machado, conversou com Patrícia Breda no Folha na Tarde desta sexta-feira (14)
É difícil encontrar mulheres cientistas em destaque no Brasil. De fato, em áreas como química, física, engenharia elétrica e matemática, a porcentagem que representa essas mulheres, de estudantes a profissionais, é baixa comparado ao de homens nas universidades e centros de pesquisa nacionais. A questão a se perguntar é “por quê?”, e o mais importante, o que está sendo feito para ingressar potenciais femininos no meio científico? Para responder ambas as questões, a diretora do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e criadora do Programa Futuras Cientistas, Giovanna Machado, conversou com Patrícia Breda no programa Folha na Tarde desta sexta-feira (14), veiculado pela Rádio Folha 96,7 FM.
As inscrições para a Imersão Científica 2023 do Futuras Cientistas, foram prorrogadas até a próxima segunda-feira (17). Durante a entrevista, Giovanna Machado colocou em pauta sua missão de abrir e mostrar para meninas e professoras de escolas públicas a possibilidade de fazer parte ativamente das diversas áreas da ciência.
Nós não somos maioria em cargos de empoderamento [na ciência]. Isso foi algo que sempre me intrigou e comecei a contestar com as meninas, e elas tinham total desconhecimento dessas áreas. Foi aí que surgiu a ideia de criar um programa que aproximasse essas meninas e professoras para que elas chegassem mais perto desse mundo de ciência e tecnologia”, pontuou.
Falando sobre esse incentivo, um “empurrãozinho” na direção da pesquisa científica, o projeto Futuras Cientistas – que já completa 10 anos e é agora nacionalizado – abre grandes portas para suas participantes. No caso das estudantes do 2º ano, após inscrição no site gov.br/cetene e aceitação dentro do módulo Imersão Científica (que acontece durante as férias de verão), as jovens recebem além de apoio completo nas aulas virtuais e presenciais (incluindo distribuição de batas, kits, etc), também recebem uma bolsa-auxílio de R$483. E os resultados desse investimento já são realidade. Giovanna conta como o Futuras Cientistas soma vitórias internacionais.
O programa fez muito sucesso porque ele dá um resultado imediato. Existem meninas, por exemplo, que fizeram a primeira edição e hoje estão no Japão fazendo um doutorado, outras que estão nos Estados Unidos, outras que se formaram engenheiras elétricas ou estão cursando computação científica; elas escolhem o que gostariam [de fazer]”, mencionou ela.
Essa atividade pioneira não para somente no avanço entre as jovens estudantes – as professoras do ensino médio que participaram do Futuras Cientistas estão se especializando, buscando mestrados e doutorados em áreas diversas, como o estudo de gênero. Outras, inspiradas pelos objetivos do projeto, montaram grupos de laboratórios nas suas escolas. Finalizando a conversa, a criadora do programa firma junto a Patrícia Breda como não existe limite para nenhuma menina ou mulher no mundo no que diz respeito a o que ela quiser fazer.
O céu não é limite algum, só é preciso abrir os olhos e dar espaço para elas brilharem. Esse é um mundo de todas nós, ele está ao alcance de todas nós, a ciência é de todos e para todos”, afirmou a criadora do Programa Futuras Cientistas.
O programa Folha na Tarde é transmitido pela Rádio Folha 96,7 FM de segunda a sexta, das 14h às 17h.
Veja também
Menopausa: saiba dicas para aliviar os sintomas
