Transplante do coração: quando é indicado?
"O paciente fica numa lista única aguardando um doador compatível ao tamanho, ao peso, ao tipo sanguíneo e a um segundo teste de compatibilidade: o painel imunológico", afirma cirurgião cardiovascular João Paulo II
O caso do apresentador Faustão levantou em todo o país o assunto sobre a doação de órgãos e o transplante de coração, que é o tratamento final da insuficiência cardíaca avançada. Atualmente no Brasil cerca de 400 pacientes estão na fila esperando doações desse órgão vital. Para falar sobre o assunto, o âncora da Rádio Folha 96,7 FM, Jota Batista, conversa no Canal Saúde com o cirurgião cardiovascular, João Paulo II.
O médico começou a entrevista explicando o que é o transplante de coração.
“O transplante de coração é um tratamento; é a via final de uma doença, uma síndrome clínica a que chamamos de insuficiência cardíaca congestiva. Tem múltiplas ideologias, ou seja, várias coisas podem causar insuficiência cardíaca; e a gente tem manejos, tratamentos clínicos e outras cirurgias a fazer no paciente quando o diagnóstico é cirúrgico. Mas quando todos esses tratamentos falham, vão esgotando a possibilidade de dar sobrevida ao paciente, indicamos, então, a substituição completa do órgão, que é o transplante de coração”, declarou.
João Paulo II falou, ainda, sobre o processo burocrático para que um paciente receba um coração por meio de transplante.
“O paciente, quando chega nessa situação de que a gente não consegue oferecer sobrevida ou mesmo qualidade de vida a ele com manejo clínico de remédios ou outros dispositivos, começa o processo de classificá-lo e colocá-lo numa lista de espera para receber um órgão. Então, faremos exames de sangue onde construiremos o painel imunológico dele; veremos a classificação sanguínea dele, adequaremos o peso e altura dele e vamos listá-lo na lista de transplantes, regulada pelo Estado através da Central de Transplantes, que é um órgão da secretaria de saúde de cada estado do Brasil. Então, ele fica numa lista única aguardando um doador compatível ao tamanho, ao peso, ao tipo sanguíneo e a um segundo teste de compatibilidade que é esse painel imunológico”, afirmou.
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