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Verão e o alerta sobre o câncer de pele

Os tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular

Foto: freepik.com

Na grande maioria dos casos, existe cura através de cirurgia de remoção. Além dos carcinomas, existe também o melanoma, que, apesar de menos comum, tem um potencial de letalidade maior e requer, portanto, um cuidado intensificado. Existem também outros diversos tipos de tumores de pele mais raros. Os sinais de alerta são, por exemplo, uma pinta assimétrica que possui bordas irregulares, mais de duas colorações ou tem mais de 6 mm, pintas ou sinais que estão mudando de aspecto ou as que sangram facilmente. Indivíduos com histórico familiar de câncer de pele, que possuem a pele, olhos e cabelos claros, pessoas que se expõem muito ao sol diariamente ou as que já levaram queimaduras solares durante a vida são identificadas como grupo de risco, além de pessoas imunossuprimidas, principalmente, transplantados de órgãos. Para falar mais sobre o assunto, Jota Ferreira, âncora da Rádio Folha FM 96,7, conversou no Canal Saúde com a Médica Dermatologista do Hospital Santa Joana Recife, Alice Dias, que também é cirurgiã dermatológica e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

 

Foto: Divulgação. Médica dermatologista Alice Dias.

A médica dermatologista Alice Dias explicou um pouco como os cânceres de pele podem se desenvolver.

 

“O principal fator que faz o câncer de pele ser desenvolvido vai estar relacionado justamente a exposição ao sol, por queimaduras solares, uma exposição intermitente que a pessoa não leva todo dia, mas uma vez perdida vai à praia, se queima, principalmente na infância, isso pode gerar alguns tipos de câncer de pele. Também tem os cânceres de pele que são gerados pelas queimaduras crônicas do dia a dia, então as pessoas que estão cronicamente expostas ao sol sem proteção, principalmente agricultores que trabalham no sol, essas pessoas são as principais predispostas, então é fundamental que desde a infância a gente consiga ter uma proteção adequada para prevenir o câncer de pele no futuro, ele não vai aparecer no verão que você se queimou, ele vai aparecer anos depois”
 

A médica dermatologista Alice Dias, também pontuou os riscos dos bronzeamentos.
 

“Antigamente as pessoas acreditavam que apenas quem se queimasse no sol é que teria a chance de ter o câncer de pele, e que o bronzeamento artificial não causaria um possível câncer, mas hoje a gente sabe que não é assim. Tanto quem queima naturalmente, quanto quem bronzeia artificialmente, ambas estão dispostas ao câncer de pele, porque normalmente a queimadura solar é causada pela radiação ultravioleta B e o bronzeamento pela ultravioleta A que penetra mais profundamente na pele. Então sabemos que ambas são causas de câncer de pele, então não tem como dizermos que exista um bronzeamento saudável, a gente não consegue ter essa medida, então o ideal é realmente não bronzear. E para quem gosta daquela cor da marca de biquíni, hoje em dia já existem os autobronzeadores, que é uma substância que vai reagir na pele e fica parecida com uma maquiagem que tem um efeito de bronzeado, mas sem realmente ter aquele dano causado pelo sol”
 

Quer ficar por dentro de todo o assunto? Ouça o Podcast completo no player abaixo.

 

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