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Saúde

Carne vermelha: proteína é mocinha ou vilã?

Fonte de vitaminas e minerais essenciais, proteína bovina em excesso inflama o organismo

Carne vermelhaCarne vermelha - Foto: Pixabay

Filé com fritas é aquela opção que muitos não deixam passar na hora do almoço em família ou como petisco na happy hour. Tanto faz se a carne vermelha vem do porco, do carneiro ou do boi, entre os carnívoros, a proteína é sempre uma boa pedida. Mas tem um ditado que diz: “Tudo em exagero pode prejudicar”. Será?

Sim, as carnes vermelhas têm lá suas qualidades. Nelas, por exemplo, encontramos vitaminas B3, B6 e B12, além dos minerais essenciais para o organismo, como o ferro, zinco e selênio, podendo trazer muitos benefícios para a saúde. Porém, como tudo na vida, é preciso moderação na hora de consumir a proteína.



A especialista em Endocrinologia do Instituto Santa Rosa, a médica Bruna Laudano Manes, explica que os pontos positivos citados anteriormente fazem sentido dentro de uma dieta balanceada, mas que, consumir em exagero – muitos comem carne no almoço e no jantar, por exemplo – pode trazer malefícios ao corpo, como inchaço e dificuldade de emagrecer.

Prós e contras

Ainda segundo a especialista, consumir carne vermelha exageradamente pode impedir o emagrecimento. “Isso porque a carne vermelha carrega ácido araquidônico, uma substância pró-inflamatória que, em excesso, deixa o organismo resistente à perda de peso”, explica Bruna Manes. “Caso se torne crônico, mesmo o indivíduo tentando emagrecer, por meio de dieta, ele não vai conseguir”, acrescenta a endocrinologista.
Câncer de cólon pode surgir


Outro diagnóstico é um possível surgimento de câncer de cólon, devido ao aumento da inflamação no intestino sem o consumo adequado de frutas, legumes e verduras, favorece alterações nas células, fazendo surgir a doença.

De acordo com a endocrinologista, o ideal é que o consumo de carne vermelha aconteça duas vezes por semana e que seria interessante evitar repetir a proteína no mesmo dia. Isso porque, segundo Manes, o corpo vai passar por uma espécie de detox, favorecendo a perda de peso, diminuição da celulite, aumento da fertilidade e bem-estar.

Muitos optam por aderir ao vegetarianismo ou veganismo diante das consequências que se pode chegar com o excesso de carne. Mas está tudo bem em continuar consumindo a proteína se assim desejar. Basta diminuir a frequência e manter uma rotina saudável. Bruna também ressalta a importância de acompanhamento profissional. “O processo é gradativo e comer carne é muito bom, mas ninguém consegue levar uma vida saudável sem incentivo”, finalizou.

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