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Sabores

Comemore o Dia Mundial do Hambúrguer em casa

Do simples ao mais incrementado, receita é unanimidade por todos os lugares

Tendência: montar o sanduíche em casaTendência: montar o sanduíche em casa - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Entre os vários pedidos de delivery feitos na sua casa, alguns certamente foram de hambúrguer. Nesses tempos de isolamento, o lanche percorre a Cidade com status de refeição principal, oferecendo o conforto que anda em falta no momento. Sobre pão, carne e queijo não há pensamento difícil. Menos ainda quando o 28 de maio, Dia Mundial do Hambúrguer, lembra a facilidade que é consumir uma receita tão democrática em diversos países.

Assim como não existe consenso entre os pesquisadores sobre a criação da data, também falta certeza sobre a origem do prato. A teoria mais popular diz que esse é um produto alemão, servido no século 18 com batata e cebola, na cidade de Hamburgo. Através desses imigrantes, o tal bife hamburguês desembarcou na América e começou a ganhar o apelo comercial até se tornar forte concorrente ao queridíssimo hot dog.

O cachorro-quente, aliás, pode ter sido um dos empecilhos para a receita ganhar espaço no Brasil, ainda na década de 1930, segundo o gastrônomo e historiador Frederico Toscano. Em um trecho de sua tese sobre a influência americana na alimentação, ele aponta que o pão com salsicha se bastava nesse tipo de combinação gastronômica por aqui. “Até a década de 1960, no Recife, vi poucas referências para o hambúguer. No Brasil, o primeiro lugar que começou a oferecer o jeito americano foi no Rio de Janeiro, na década de 1940, quando era servido para alguns soldados americanos”, diz ao lembrar ainda que a cidade carioca era a capital do Brasil nos anos 1960, capaz de atrair as novidades ao redor do mundo.

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Ainda segundo Toscano, o padrão industrializado começou a ganhar espaço com a criação da marca Bob’s. Mas, ainda assim, foi difícil a moda do disco congelado pegar pelas bandas do Nordeste. “O recifense já tinha o hábito de comer qualquer coisa com o pão. Desconfio que não tenha surtido apelo naquela época”, conta. O percurso foi longo até chegar na popularidade dos dias de hoje. Em meio a mudanças de comportamento, carnes mais robustas e ingredientes selecionados foram ganhando forma e ampliando o mercado.


Um bom hambúrguer
Na montanha-russa do consumo já se viu de tudo. Molho de queijo se esparramando no prato, blend de carnes sofisticadas, entre outros critérios demandados pelo público. Hoje, a história parece ser outra. A chef Miau Caldas, que abriu inúmeras hamburguerias na Capital pernambucana, diz que a receita perfeita tem 50% de bom pão e 50% de uma boa carne. “Muitos ingredientes acabam escondendo o sabor da proteína, que é o mais importante. Uma combinação certa permite você pegar com a mão, morder e sentir todos os sabores. O pão segura bem o recheio e isso é o ideal”, resume.


Mesmo em períodos de crise econômica, não há tempo ruim para as vendas. “A quarentena abriu o consumo, tenho visto muita gente nova no mercado fazendo em casa. E é por conta da facilidade, da escolha dos insumos, de poder ter várias versões, como sem glúten, vegano, com peixe ou porco”, justifica a chef. Não à toa, essa é uma refeição completa,porque inclui carboidrato, proteína, verduras e acompanhamentos. Tão requisitada, que o aplicativo de entrega iFood registrou ainda em 2019 cerca de 26 milhões de pedidos em todo o País. Com esse volume seria possível construir uma estrada de hambúrgueres que liga São Paulo à Manaus.

No cenário da pandemia, o chef Abdo Vila Nova, do Dom Black, sentiu um aumento de 30% nos pedidos. Foi preciso ajustar embalagem, manuseio e ofertas atento no que a receita exige. “É oferecer carne com procedência. Quem vai fazer em casa deve se preocupar com o fornecedor e não comprar carnes já moídas, sem saber qual o corte do boi”, aconselha, lembrando que a parte mais utilizada do animal é a dianteira, por conta da boa concentração de gordura e marmoreio, a exemplo do filé de costela.


Repaginados
Quando o isolamento social se instalou no Recife, o empresário Eduardo Arruda, da Yankee Hamburgeria, acelerou o projeto de entrega a domicílio. O salão, que antes recebia o público, agora integra a parte operacional. O delivery tem dado conta do recado e a ‘culpa’ disso, segundo ele, é agilidade e rapidez de preparo. “O consumidor come facilmente. Não exige alto investimento e ainda recebe um aporte nutrição interessante”, detalha. Sua hamburgueria, aliás, serve a carne na forma smash, conhecida por concentrar suculência.

Houve uma época no Recife em que alguns incrementos resultaram em cardápios caros. Hoje, no entanto, é possível encontrar ofertas entre R$ 18 e R$ 30. No 303 Steaks, a pedida com mais saída nessa quarentena é o kit in natura para montar em casa, oferecendo bom custo-benefício. O premium x-bacon, para montar quatro unidades, inclui pão brioche, bacon, queijo cheddar e maionese, por R$ 59. A versão pronta no restaurante custa R$ 28. “Foi preciso adaptar para alcançar clientes de todas as rendas”, conclui o proprietário Eduardo Mota.

Segundo a empreendedora Manu Tenório, que toca um café bistrô com seu nome, embora o consumo de proteína animal seja uma frequente, a preferência por opções vegetarianas ou veganas só faz aumentar. “E quando indicamos uma produção sem carne vermelha, as pessoas ficam impressionadas e acabam não sentindo falta”, diz. Ela se refere a um sanduba alto com pão à base de sementes de girassol e abóbora com um disco de grão-de-bico temperado com pimenta e cominho. Ainda leva maionese de castanha, abacate, tomate confitado e cebola caramelizada.

Delivery
(Instagram | Pedidos)

Beleleu: @beleleuburger | 99930.9313
Mooo: @queromooo | 99475.0204
Yankee: @yankeeburger | Rappi
Dom Black: @domblackburger | iFood
Pobre Juan: @pobrejuan | 99801.6194
Brasas no Quintal: @bnquintal | 99289.0554
303 Steaks: @303steaks| www.303steaks.com
Seu Chico: @seuchicope | 3124.4444
Seu Porquin: @seuporquin | 99417.5534
Faaca: @faacadelivery | www.grupofaaca.com.br
Cia do Shopp: @ciadochopp | 99974.6639
Babylon: @babylon.station |www.babylonstation.com.br
Manu Tenório: @manutenorioculinariasaudavel | 98156.6241

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