Conheça os alimentos que ajudam a prevenir o câncer colorretal
“Março Azul-Marinho” é o mês de conscientização e combate à doença
Como acontece com outros meses do ano, março também é usado como forma de conscientização e prevenção de doenças. Sendo assim, o “Março Azul-Marinho” visa compartilhar informações sobre o câncer colorretal, que acomete o cólon (ou intestino grosso) e ou o reto, através da presença de pólipos pré-existentes, podendo se tornar tumores malignos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto estavam previstos para serem diagnosticados em 2020. Contudo, há medidas que diminuem a probabilidade de ter a doença e o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura.
Como na maioria dos tumores, a incidência deste tipo de câncer decorre de práticas não saudáveis, como excesso de peso, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e alto consumo de alimentos processados. “A faixa etária mais comprometida é a de pessoas com mais de 50 anos, principalmente se há histórico de inflamações no intestino e não existir hábitos salutíferos. Todos devem ser cautelosos, independentemente de gênero, pois essa enfermidade atinge homens e mulheres na mesma intensidade”, explicou o médico especialista em Saúde Preventiva, Humberto Arruda.
Cardápio ideal
A alimentação é uma grande aliada na prevenção do câncer colorretal, pois se consumida de maneira correta, tem efeito protetivo sobre o intestino humano. Segundo a nutricionista Helen Lima, a ingestão de 25g de fibras por dia seria a quantidade ideal facilmente encontrada em frutas e legumes. “Caso você consuma diariamente três ou quatro porções de frutas e duas de legumes, você pode acrescentar a isso uma opção de alimento integral, como o caso do arroz, pão, chia e a semente de linhaça”, detalhou ela, que também é Mestre em Tecnologia do Alimento.
Além de fibras, os peixes são destaque na prevenção e na manutenção de um intestino equilibrado, em especial os ricos de ômega 3, como salmão, cavala, atum e sardinha. “O consumo do pescado pelo Ministério da Saúde é recomendado pelo menos três vezes na semana, embora não aconteça por diversos fatores. Assim, as oleaginosas, como amendoins, nozes e castanhas podem ser uma saída para complementar essa fonte de nutrientes”, completou Helen.
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Para o preparo das refeições, o ideal é o uso de temperos naturais, como azeite de oliva, alho, cúrcuma, gengibre, entre outros, que auxiliam na imunidade e no bom funcionamento da saúde intestinal. Junto a isso, estimula-se o consumo de prebióticos e probióticos, responsáveis por estimular e equilibrar os microrganismos positivos que contribuem para o bom funcionamento do metabolismo humano. Nesse grupo de alimentos estão alguns leites e fórmulas lácteas, banana, cebola, alcachofra, cereais, bebidas fermentadas e iogurtes.
Mas além dos "alimentos do bem", há também os que não devem ser consumidos com frequência. O excesso de carnes vermelhas, gorduras, embutidos, processados e refinados, como salsicha, linguiça, bacon e presunto, aumentam o risco de câncer do intestino em humanos, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O tabaco e o abuso de bebidas alcoólicas são fatores que contribuem também para a vulnerabilidade da saúde do corpo.
A campanha “Março Azul-Marinho” é o momento ideal para falar sobre este tipo de câncer, alertando principalmente sobre as formas de prevenção. Apesar da alta incidência entre brasileiros, esse tipo de tumor se destaca pelo elevado índice de cura quando descoberto em fase inicial. Logo, bons hábitos alimentares, associados ao consumo de água e à prática de exercícios físicos formam um tripé que auxilia na prevenção dessa e de outras doenças.