Conheça os procedimentos seguros para congelar e descongelar os alimentos
Nutricionista orienta como não perder a comida no seu processo de conservação
Alimentar-se de maneira correta, no agito diário, não é tarefa fácil, mas, com um pouco de organização e dedicação, é possível que aconteça. Nem sempre conseguimos ter uma refeição preparada na hora, por isso a opção de congelar alimentos é uma boa ideia.
O congelamento de marmitas é um costume bastante comum no dia-a-dia das pessoas, pois é uma função que mantém o sabor e também preserva a consistência, cor e aroma dos mantimentos.
Outros pontos positivos na conservação no congelador são: evitar o desperdício; estocar legumes e frutas da época de safra e as idas ao mercado e feiras tornam-se menos frequentes, especialmente no contexto atual de pandemia. Mas quais os itens que podem ser congelados e como deve ser feito o processo de manuseio?
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De acordo com a nutricionista Andréa Vasconcelos, adotar este recurso poupa tempo e evita a procura por refeições não saudáveis. Com relação aos nutrientes, a profissional tranquiliza . “Quando qualquer alimento é exposto às altas ou baixas temperaturas, ele perde um pouco dos nutrientes. Porém, as perdas de propriedades ao congelarmos corretamente os alimentos são as mesmas que temos em termos de cozimento”, explicou.
Enquanto grande parte dos insumos podem ser congelados, alguns, no entanto, merecem certo cuidado. Isso, porque existe a perda de propriedades originais e composições, como no caso de folhas verdes, batatas cozidas, molhos, maioneses, ovos crus, entre outros. Para os vegetais, o ideal é que faça o “branqueamento” antes de congelá-los, que consiste em mergulhar esse produto, previamente higienizado, em água fervente e depois expô-lo ao gelo, antes de guardá-lo.
Procedimentos
Cuidados são necessários para garantir um bom aproveitamento do processo, um exemplo é a higienização e limpeza dos condimentos. Outro fator importante é tentar porcionar os alimentos. “Procure separá-los em pequenas porções. O ideal é que, após ser descongelado, o mesmo não retorne ao congelador. Por isso, as porções devem corresponder à necessidade exata daquela refeição”, ensinou Andréa.
A nutricionista indica uso de embalagens adequadas, como potes de plástico, vidro ou sacos plásticos próprios para alimentos congelados. As melhores opções seriam potes com tampa hermética e sacos com fechamento a vácuo. “Mesmo no congelador, o alimento continua tendo uma data de validade, por isso, é recomendável identificar cada embalagem com uma etiqueta contendo tanto a data de fabricação quanto a data de validade”, completou.
Fora da geladeira
O descongelamento é um processo tão importante quanto o seu congelamento. Sendo assim, alguns detalhes são extremamente relevantes para que evite o desperdício, a contaminação ou a perda do ingrediente aconteça com frequência.
“Um dos principais pontos é retirar o alimento do congelador, colocá-lo dentro de um recipiente e levá-lo à geladeira, mais precisamente nas últimas bandejas, por cerca de 12 a 24 horas. Desta forma, o descongelamento é feito de maneira segura, sem grandes riscos de contaminação ao organismo”, aconselhou Andréa.
O que muitos não sabem, é o fato de colocar a comida diretamente na água. “Ao realizar este feito, juntamente com o gelo, os alimentos congelados irão perder também seus nutrientes e até mesmo o seu sabor”, contou a especialista. O micro-ondas pode ser usado para agilizar o processo. Itens como carnes, salsicha, hambúrgueres, sopas e caldos podem ir do congelador diretamente para a panela, sem alterações nos seus nutrientes.
Ideal para evitar desperdício, congelar e descongelar as marmitas da rotina é um modelo para estudantes e profissionais que não abrem mão de uma boa refeição, porém não dispõem de tempo hábil para prepará-las. Se feita com cuidado, acaba sendo uma prática fácil e segura. É só seguir as dicas e adquirir o hábito, sem colocar a segurança alimentar em risco.