Entenda o processo para o vinho se tornar uma bebida vegana e como identificá-lo no mercado
Especialista em vinhos explica quais técnicas são utilizadas para o vinho ser um produto livre de origem animal
Muita gente desconhece o processo de produção do vinho vegano. Um produto cada vez mais presente no mercado, chamando atenção dos consumidores brasileiros.
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Mas você seria capaz de definir como o vinho pode se tornar uma bebida vegana? Raphael Zanette, especialista no assunto e fundador do Grupo Vino!, esclarece o que diferencia essa opção das demais e como identificar esses rótulos nas prateleiras.
Processo
A vinificação, processo que transforma uvas em vinho, envolve várias etapas para que a bebida atinja a melhor expressão de sabor, cor e textura.
No entanto, algumas dessas práticas utilizam ingredientes de origem animal, o que exclui esses produtos de uma categoria vegana.
“Na clarificação, etapa que remove impurezas, as substâncias mais usadas são de origem animal, como albumina, gelatina e caseína”, explica Raphael.
Alternativas
Para atender as solicitações da filosofia vegana, alguns produtores estão substituindo agentes de origem animal por alternativas vegetais e minerais.
“Entre os clarificantes veganos mais comuns, temos carvão ativado, argilas como a bentonita, calcário e sílica”, diz Raphael. Essas substâncias cumprem o papel de purificação e controle da turbidez sem alterar as características do vinho.
Outra técnica é a micro-oxigenação. “Essa tecnologia é usada para suavizar taninos nos vinhos tintos, o que dispensa a necessidade de clarificação com agentes de origem animal”, detalha o especialista.
Vale lembrar, que, ao serem devidamente atestados, esses produtos recebem o selo da Associação Brasileira de Veganismo, inspirado nos padrões do The Vegan Society Trademark, assegurando que esses vinhos não levam insumos insumos de origem animal, da vinificação até a embalagem.