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Alimentação

No último ano, o brasileiro se preocupou mais com os benefícios adquiridos pela boa alimentação

Dados do Ministério da Agricultura apontam que o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos cresceu quase 10% de 2020 para cá

Alimentos naturais e frescos ainda são a melhor opção para uma vida saudávelAlimentos naturais e frescos ainda são a melhor opção para uma vida saudável - Foto: Pixabay

Uma tendência crescente na última década se comprovou em 2021: o brasileiro está mais atento ao que come. Mas isso não é à toa. Ele quer os benefícios nutricionais para ter uma vida mais saudável, longe das inúmeras mazelas potencializadas pela Covid-19. Leia-se uma rotina menos ansiosa, um corpo mais disposto e um organismo com ainda mais imunidade.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos cresceu quase 10% de 2020 para cá, sinalizando um público cada vez mais disposto em consumir itens livres de agrotóxicos. Com esse pensamento à mesa, a população buscou a ajuda dos profissionais de saúde.

O problema da obesidade
Segundo o médico especialista em Medicina Preventiva, Humberto Arruda, a pandemia foi um divisor de águas para muitas questões, entre elas as complicações dadas pela obesidade. “A gente sabia que todos os pacientes obesos eram aqueles que complicavam mais, então a mortalidade deles foi muito maior, pois quando chegávamos com esse paciente na UTI, sabíamos que suas chances eram muito poucas”, explica, adiantando que a má alimentação passou a ser relacionada com os problemas de comorbidade.

“Essa atenção não veio só através da Covid, mas para todas as outras doenças, a obesidade vai piorar, como diabetes, câncer e hipertensão. No entanto, isso pode ser corrigido pela alimentação adequada. Afinal, temos um dado preocupante. A população obesa com sobrepeso no Brasil chega a 60%”, completa. De fato, o último ano trouxe dimensão a esse grupo, que já tinha consciência das complicações relacionadas ao excesso de peso.

Mudança de vida
Nunca se falou tanto em Vitamina D3, como nos últimos meses. “Esse é um tema controverso no meio médico, que ainda discute a eficiência de reposição. No entanto, no Covid, muitos trabalhos mostraram que pacientes com baixa Vitamina D3 eram aqueles que complicavam muito mais. O vírus veio nessa mistura de medicina integrativa, ortomolecular e nutrologia, trazendo muita coisa boa e coisas que já se pregava”, aponta. Em geral, as pessoas têm pouco dessa substância no organismo, exigindo, ao menos, a exposição diária ao sol. A indicação é ter uma taxa entre 80 e 100 ng/ml quando, na verdade, a maioria possui abaixo de 20 ng/ml

Tanto a suplementação, quanto a alimentação mais saudável foram temas que percorreram os consultórios sob o tema da qualidade de vida. O termo aliás, englobou qualidade do sono, emagrecimento, melhora nas taxas de diabetes e hipertensão, entre outras questões trabalhadas de forma integrativa. “A saúde é uma coisa única, porque tudo vai influenciar”, reflete. Na prática, as mulheres mantiveram a tradição de cuidar mais, representando 80% dos pacientes na clínica do Dr. Humberto.

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