Nutritivo, milho é tradição gastronômica com data especial no calendário mundial
Domingo (24) é Dia Mundial do Milho. Conheça seus benefícios nutricionais e versatilidade gastronômica
Um dos cereais mais importantes do mundo tem uma data para chamar de sua no calendário gastronômico. Neste domingo (24), Dia Internacional do Milho, o ingrediente popular na mesa brasileira ganha destaque merecido por conta da sua versatilidade culinária, dos benefícios nutricionais e, claro, da grande força econômica.
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Demanda em alta
O custo benefício de um produto como este tem elevado o interesse da população de todas as partes do mundo. Para se ter uma ideia, o consumo global de milho deve aumentar 25% nos próximos dez anos, segundo a última projeção feita pela Rabobank, no relatório “Perspectiva da competitividade regional do milho até 2030”.
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Nesse contexto, o Brasil só tem a ganhar. Clima favorável e tradição gastronômica justificam a projeção otimista para a safra 2021/22, segundo levantamento da Datagro. A expectativa é fechar uma colheita total de 27,67 milhões de toneladas de milho.
Benefícios nutricionais
Para um ingrediente que participa da história alimentar mundial, com registro dos primeiros cultivos em ilhas próximas ao litoral mexicano, um contexto de inúmeros benefícios nutricionais. A primeira de todas diz respeito à fonte de carboidratos, que fornece energia para o corpo, mantendo a sensação de saciedade por mais tempo.
“Não estamos falando de um vilão. Ele é, sim, um alimento calórico. Faz parte dos alimentos energéticos e precisa ter uma composição que o ajude a oferecer o melhor de si. Então, o ideal é planejar esse acompanhamento: com uma proteína ou mesmo uma fruta”, adianta a nutricionista Helen Lima. É que, naturalmente, muitas produções gastrôs se tornam calóricas, por estarem acompanhadas de gordura, como manteiga, margarina, leite e leite de coco. “São complementos que acabam trazendo mais energia do que o próprio milho isolado”, completa.
Ainda segundo a especialista, hipertensos podem consumir sem problemas. Já diabéticos precisam de um controle nesse tipo de ingestão, a depender de como anda os níveis de glicemia. “E, sim, é possível emagrecer comendo cuscuz, por exemplo. Ficando em alerta para a quantidade ingerida e a escolha dos acompanhamentos. Mas aqui uma dica: você pode inovar, trazendo para o prato uma salada verde de acompanhamento, além de uma proteína magra de praxe”, destaca Helen.
O alerta vai para a versão vendida em latinha. “É que alguns produtos industrializados precisam utilizar certos conservantes para aumentar a sua validade. Isso já compromete a qualidade do produto. Se puder ser in natura, melhor, pois o grande problema é a adição de sódio, que tanto faz mal à saúde”, finaliza.
Tradição à mesa
Inevitável não associá-lo às festividades de São João, tão ligadas à culinária baseada em bolo, canjica, pamonha e outros preparos tradicionais. Mas, quando se fala nesse famoso amarelinho, a versatilidade toma o norte. Segundo o chef Biba Fernandes, dos restaurantes peruanos Chiwake e Chicama, eis um elemento essencial nas suas cozinhas.
“O Peru tem mais de 40 tipos de milho catalogados. Tem o choclo, que é um milho branco utilizado no ceviche. As canchitas, que são os milhos crocantes que estouram para dentro. Além da chicha, para fazer a bebida de coloração vermelha chamada chicha morada, que é muito típica no Peru. Temos ainda o tamales - como a nossa pamonha nossa, que eles fazem salgada e recheada com porco, linguiça e frutos do mar”, resume Biba
Nos seus restaurantes, o chef faz uma tortilla de milho com salsa criolla, usada em época junina. “E tem uma sobremesa, que vez ou outra preparamos, que é o suspiro limeño”, conclui, lembrando que esse alimento contém vitamina B1, essencial para o bom humor.
Cinco curiosidades
É fonte de alimentação de várias civilizações
O Brasil é um dos grandes produtores mundiais
Nem todo milho vira pipoca
Existem muitas cores de milho, além do amarelo
O milho também pode ser usado na produção de fogos de artifício