Reality gastrô: relembre os pernambucanos que já passaram por competições culinárias
Realities de gastronomia seguem na missão de entreter o público com disputas de prato principal
A 4ª temporada do “MasterChef Brasil - Profissionais”, que estreou semana passada na Band, reaqueceu o mercado de realities voltados para a Gastronomia. Mais ainda pelas bandas de cá, com a participação de duas pernambucanas na disputa. As chefs Ellen Romão e Marília Amorim estão entre os cozinheiros escalados para a avaliação rigorosa pelos jurados.
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Pernambucanas no páreo
O ritmo intenso, que provoca expectativa por quem assiste, é só uma das várias características do programa. Aliás, antes mesmo de ir ao ar, o processo seletivo já mostra que este é um percurso de gente grande. Ellen Romão encarou várias etapas por cerca de três meses até saber que estava entre os 12 nomes escalados. “Eu me inscrevi brincando, tinha acabado de me desligar de um restaurante de carnes no Recife e estava com planos de tentar viver por São Paulo. Tentei e acabou dando certo”, comenta a participante, que já passou por várias cozinhas na capital pernambucana, sem falar da experiência no restaurante da pousada Zé Maria, em Fernando de Noronha.
Já Marília Amorim nasceu em Pernambuco, criada em Aracaju/SE e, hoje, residen em Lisboa. Está na área há dez anos, passando por empresas importantes como a Emirates. Já foi dona de pizzaria e de uma marca saudável de delivery. “Acredito que o MasterChef é, sim, um marco importante para a profissão. Afinal, somos muito negligenciados e esquecidos, na maior parte das vezes. A gente come porque precisa, e nunca se lembra de quem faz a comida.Porque é um ato tão cotidiano, que, na maior parte das vezes, não valorizamos quem está por trás do prato. E o show levanta um pouco a moral dos profissionais da área”, reflete.
Fórmula na televisão
Para além do MasterChef, que desde 2014 oferece entretenimento com base na gastronomia, há uma série de outros realities anunciando que esse é um conteúdo de várias possibilidades. O recém-lançado Iron Chefs Brasil, na Netflix, é mais uma prova disso, ao oferecer momentos de adrenalina e emoção na disputa entre cozinheiros aspirantes e experientes no mercado.
O chef Pedro Godoy, do Arvo Restaurante, foi outro nome pernambucano que já se aventurou na temporada profissional do MC BRA, exibido em 2018. Experiente, ele conhece bem as particularidades de uma cozinha da vida real para a de televisão. “A diferença principal é que, quando estamos no contexto de restaurante, estamos servindo o nosso cliente. Temos o tempo de pré-preparo e a organização antecipada, que dá mais segurança. Já no reality, tem a pressão psicológica e a tensão de saber que está sendo visto por todo mundo. Então, a gente quer dar o melhor. Foi muito bom para minha evolução”, completa.
Ainda segundo Pedro, a grande contribuição está na revelação de talentos. “Tem muita gente boa que está escondida no mercado e os olheiros acabam achando esses talentos e personalidades, colocando-os em vitrine”, diz. Outros nomes já conhecidos do cenário local ganharam ainda mais visibilidade com a projeção nacional. O Mestre do Sabor, na TV Globo, chamou atenção para o trabalho eficiente dos chefs Gi Nacarato e Thiago das Chagas, por exemplo.
Provas de fogo
Em 2016, a confeiteira Thaís Carvalho, da marca recifense Doce Vanille, ganhou um dos episódios do programa Que Seja Doce, do GNT. Ela fez bolo de brigadeiro, cookie de chocolate com praliné de castanha e cupcake de “torta de maçã”. Mesmo com a pressão do tempo, o “estresse” da competição foi usado como estímulo. “A dica é: se inscrevam. Eu me inscrevi sem pretensão alguma, jamais imaginei que avançaria nas etapas de seleção e seria escolhida, mas só de estar lá e ter a experiência de cozinhar no meio de tantos profissionais talentosos e me submeter à pressão de um reality show já valeu cada segundo; ganhar foi só um bônus”. resume.
Ano passado, o recifense Bruno Lins participou do Mestres da Sabotagem, no SBT, e sabia que o mais importante na disputa era ter foco. “Fui extremamente focado por querer sair vencedor, então meu foco estava 200% no preparo. De um modo geral, já sou desligado do mundo quando estou em frente a um fogão e, numa competição, isso ficou ainda mais em evidência”, lembra. Sobre a fama da pressão ser algo inerente à vida gastrô, Bruno opina: “Há muita leveza em cozinha e também tempo para levantar a praça, fora a cooperação da equipe para um melhor resultado. Lógico que o ambiente de cozinha é extremamente prático e agitado, mas nada comparado ao que é mostrado na tv”.