Itaú Cultural

Saberes ancestrais de curandeiras são registrados em livro

Contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, "Eu mais velha – cura, fé e ancestralidade", de Bianca Sevciuc e Lais Araújo, mapeia conhecimentos tradicionais da cultura caiçara e dos Guaranis M’bya

Foto: Giorgia Prates/Rumos Itaú Cultural

A pré-venda do livro “Eu mais velha – cura, fé e ancestralidade”, de Bianca Sevciuc e Lais Araújo, sobre saberes tradicionais de sete curandeiras, benzedeiras, parteiras e raizeiras do litoral do Paraná, detentoras de conhecimentos sobre processos de cura, está disponível para venda.

O valor arrecadado será revertido para as senhoras participantes do projeto, selecionado pelo “Rumos Itaú Cultural 2017-2018”. Os 130 primeiros exemplares custam R$ 60 e podem ser adquiridos em https://pag.ae/7WVEhRmG8. Depois, o preço passa para R$ 80.

A equipe do projeto realiza live no perfil @eumaisvelha nos dias 17 e 24 de março, às 20h, Na primeira delas, haverá participação de Diego Zanotti, idealizador do projeto Cine Invisível e na segunda, Isadora Carneiro, do projeto Mulheres da Terra, integra a conversa que deve discorrer, respectivamente, acerca  da sabedoria sutil das anciãs e a sabedoria do passado, que pode curar o futuro.

Já no sábado (27), às 18h, ocorre o lançamento do livro com apresentação de fotos e depoimentos de algumas das senhoras participantes. A mediação é da jornalista Silvia Valim. O encontro é no Zoom, com inscrições gratuitas via Sympla. A transmissão também é feita pelo Youtube e os links estarão disponíveis no Instagram do projeto. 

 

O Projeto
As autoras, Bianca e Laís, circularam por quase dois anos e por dezenas de comunidades pelo litoral do Paraná, na região do Parque Nacional do Superagui e Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba.

Encontraram, em seis dessas comunidades – Barbados, Vila das Peças, Vila de Superagui, Saco do Morro, Saco da Rita e Aldeia Kuaray Guata Porã –, Joventina Wariju, Mariquinha, Leontina, Nilse, Cesarina, Cleonice e Alzira, esta já falecida, que compartilharam saberes sobre benzimentos, orações, simpatias, batismo, defumações, dietas, remédios, por exemplo. Desta forma, tornaram-se as narradoras e representantes da cultura local, compondo as histórias presentes no livro.

A cultura caiçara e dos Guaranis M’bya passa por uma série de desafios. Muitos dos filhos e netos dessas pessoas nunca viram uma roça, não bailam mais fandango como antes e estranham os remédios naturais.

 

Crédito: Giorgia Prates/Rumos Itaú Cultural

Entretanto, os conhecimentos ancestrais existentes nas ilhas ainda estão vivos. Por isso a importância de relembrar como os mais velhos realizavam a cura nessa região e refletir sobre a relação dessas tecnologias ancestrais de cura e a contemporaneidade.

Com a intenção de estimular a partilha e o intercâmbio de gerações entre as senhoras escolhidas e os jovens das suas famílias, o projeto criou quintais medicinais próximos às suas casas, que foram construídos ao longo dos meses, para serem locais de afirmação destes conhecimentos.

Também, para que as plantas utilizadas estivessem mais próximas, visto quealgumas delas, já com idade avançada, possuem certas limitações na busca por remédios na mata. Recorrer à ancestralidade, permite lembrar que a cura está na natureza.

Serviço

Rumos Itaú Cultural 2017-2018

“Eu mais velha – cura, fé e ancestralidade”

Pré-venda em https://pag.ae/7WVEhRmG8

Preço: R$60 - os primeiros 130 volumes

Lives:

“Sabedoria sutil das anciãs”

Dia 17 de março, às 20h

Participação de Diego Zanotti, idealizador do projeto Cine Invisível

Em @eumaisvelha

“Sabedoria do passado pode curar o futuro”

Dia 24 de março, às 20h

Participação de Isadora Carneiro, idealizadora do projeto Mulheres da Terra

Em @eumaisvelha
 

Lançamento do livro

Dia 27 de março, às 18h

Pelo Zoom, com inscrições gratuitas via Sympla, e transmissão no Youtube.

Links disponíveis em @eumaisvelha

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