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Sabores

Sem inchaço

Alimentação proteica e rica em água elimina a retenção hídrica

TomateTomate - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Quem nunca sofreu com inchaços sem explicação? Entre as mulheres, sobretudo, que passam mensalmente pelo período de tensão pré-menstrual, o incômodo é mais frequente.

Mas além da ação de hormônios, o inchaço acontece ainda por conta do acúmulo hídrico no organismo a que chamamos, mais comumente, de retenção de líquido. O sintoma varia - pode ocorrer no corpo inteiro, ou em partes do corpo, como barriga e pés.

Segundo a nutricionista Graciela Vargas, do Comitê Umami, o inchaço pode ser evitado com ajustes no cardápio rotineiro. “Uma alimentação equilibrada, sem o consumo excessivo de sódio, a prática regular de atividade física e a hidratação são fatores cruciais tanto para a redução do inchaço como para a melhoria da qualidade de vida”, aconselha.

De forma objetiva, as recomendações de Vargas não são um mistério, é comum ouvirmos de médicos, nutrólogos e nutricionistas que, para manter a saúde, todos esses cuidados são fundamentais.

Mas a especialista vai além e recomenda alimentos que conferem o gosto umami, como o tomate e a cebola, que possuem propriedades diuréticas e ajudam a diminuir o inchaço do corpo, além de micronutrientes importantes para o organismo. “O tomate é rico em licopeno, possui também boa quantidade de vitaminas C, A e complexo B, além de sais minerais como ácido fólico, potássio e cálcio.

Enquanto a cebola é rica em flavonóides, apresenta as vitaminas C e complexo B, mais sais minerais como ferro, potássio, sódio, fósforo e cálcio. Esses dois ingredientes deixam o prato mais saboroso e a comida ainda mais umami”, complementa Graciela Vargas, referindo-se a um dos cinco gostos básicos do paladar humano, descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda.

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Invista também nas proteínas com baixo teor de gordura, como ovos, queijos magros e carnes brancas. Esses alimentos podem agir como um diurético natural, ajudando o corpo a eliminar o excesso de água.

“As carnes brancas são fontes de ômega 3 e ômega 6 e possuem ácidos graxos, que são substâncias que melhoram o funcionamento do organismo e contribuem para a boa nutrição, além de serem fontes de proteína de alto valor biológico”, destaca Graciela.

A nutricionista ressalta que o cloreto de sódio, conhecido como sal de cozinha, é muito utilizado na culinária para dar sabor aos alimentos e relaciona o consumo em excesso ao problema do inchaço.

“Em quantidade correta, o sal é um grande aliado por ajudar a evitar problemas de desidratação e o equilíbrio do volume hídrico do corpo humano. Mas, se usado de maneira exagerada, ele faz com que o organismo retenha muitos líquidos”, comenta.

Uma dica para diminuir o consumo exagerado do cloreto de sódio é a utilização de glutamato monossódico, aquele famoso tempero japonês, para realçar o sabor das refeições. Segundo ela, o glutamato contém 2/3 a menos de sódio em sua composição.

“Para funcionar de maneira correta, a porção de glutamato monossódico deve substituir metade da porção de sal. Por exemplo, se a receita pede duas colheres de chá, você utiliza uma colher de glutamato e uma de sal, reduzindo o teor de sódio na preparação, sem perder o sabor”.

Por fim, a mais básica das orientações. "É recomendado o consumo de alimentos ricos em água, que aumentam a produção de urina e reduzem a retenção hídrica, de fibras, que ajudam a diminuir o inchaço, dores abdominais e combatem a prisão de ventre, e de probióticos, que mantêm o bom equilíbrio de bactérias benéficas no intestino”.

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