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Comida pantaneira

Terra Madre Brasil: Cultura alimentar do Pantanal é tema de oficina gratuita na edição 2020

Aula de cozinha e bate-papo revelam a história e as tradições do bioma

Macarrão de comitivaMacarrão de comitiva - Foto: Bruno Geraldi/CLAUDIA

O Terra Madre Brasil 2020, evento inteiramente dedicado à comida de verdade, acontece nos dias 17 a 22 de novembro, pela 1ª vez em versão online. Destaque na programação, na quarta-feira (18), às 13h30, será apresentada a Oficina do Gosto do Bioma Pantanal, que trata a importância da conservação de ingredientes como caju, guavira, queijo Nicola, carne orgânica do Pantanal, baru (chamado localmente de cumbaru) e a farinha de Anastácio.

O bioma Pantanal é conhecido pela rica biodiversidade e também por sua forte cultura alimentar a partir da utilização dos ingredientes locais. Os sabores pantaneiros, baseados na tradição dos povos que ocuparam a região em diferentes períodos, ganham destaque especial durante o evento.

A atividade será dividida em dois momentos: os internautas assistem à aula de culinária com o cozinheiro Paulo Machado, autor do livro Cozinha Pantaneira. Paulo ensina o passo-a-passo do macarrão de comitiva: receita tradicional das fazendas do Pantanal. Nesta versão, o cozinheiro substitui a carne seca pelo caju. O encontro online proporciona o público a imergir na história dos povos que formam o mosaico indenitário sul-mato-grossense.

Paulo Machado se sente realizado e orgulhoso de representar o Pantanal com sua culinária. “É uma forma de mostrar um pouco dessa região do país que acabou sendo tão falada durante esse ano por conta das queimadas, mas que poderia ser reconhecida também por suas belezas, riquezas da fauna e da flora local e pela diversidade de alimentos. É um bioma importante do nosso país que precisa ser preservado para as futuras gerações”. 

Desde 2013, o cozinheiro realiza o Food Safaris, projeto de expedições gastronômicas que promovem uma profundo mergulho na cultura alimentar de cada cidade ou país pela qual passa. Essas experiências são inspiradas nas suas raízes na culinária pantaneira.

Após a aula de culinária, acontece um bate-papo com Jairo Arruda, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais da Região do Pulador de Anastácio (Copran),  constituída por migrantes nordestinos que cultivam mandioca e fabricam a tradicional farinha de Anastácio, Mato Grosso do Sul, presente no catálogo Arca do Gosto. O bate-papo conta com a mediação da jornalista Sara Campos, ativista do Slow Food Brasil e coordenadora da Cajuí Comunicação Digital, agência de comunicação especializada em agricultura familiar. 

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