Vinho Verde para o verão: frescor e leveza
Brancos e rosés entram em cena e conquistam o paladar
Parece que o momento para brancos e rosés é de “agora vai!”. Depois de anos preenchendo taças com vinho tinto, o brasileiro - especificamente os nordestinos - começa a se desarmar contra os tipos mais frescos da bebida, compreendendo também que a cor do vinho não traduz qualidade ou potência. Os principais críticos da atualidade, por exemplo, vêm apontando os rosés como o grande hit dos próximos anos - esse injustiçado pela má fama (muita gente achava que era vinho de baixa qualidade, outros achavam que era vinho para mulher, por conta da cor) já espera seus dias de glória ansiosamente. Não diria outra coisa: para o nosso clima, vinhos frescos são pedidas obrigatórias, pois dialogam com nosso terroir.
O momento também é dos vinhos verdes, ora pois. Já famoso entre nós, algumas marcas se popularizaram como ninguém pelas bandas de cá, mas que agora vem aparecendo como boa alternativa para consumo no verão, sobretudo. Apesar do termo, ele não tem coloração esverdeada - pode aliás ser branco (o mais comum), rosado, tinto e espumante, é feito na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, ao norte de Portugal, e é chamado assim por oferecer alta acidez, segundo enólogos.
Recentemente, Rui Miranda, diretor de negócios da Casa de Vila Nova, fez um tour pelo Brasil para defender seus rótulos e aguçar ainda mais o interesse dos brasileiros em relação a essa bebida que é um dos principais símbolos da vitivinicultura de Portugal. “Temos a linha Levity e a linha Vila Nova, cujas propostas são totalmente diferentes e pedem momentos de consumo distintos”, começou Rui.
O Levity, nas versões branco e rosé, traz um par de asas no rótulo e a inscrição “Infinitamente fresco”, provando por “a+ b” que os produtores portugueses sacaram que apostar no público iniciante no mercado de vinhos é essencial para a sobrevivência saudável das empresas, e que o posicionamento de marketing precisa ser focado no contexto dele. O Levity é exatamente isso. Tem visual atraente e instagramável, e se vende por si só. E traduz a linha de entrada da Casa de Vila Nova. São menos complexos, trazem mais gaseificação e devem ser bebidos geladíssimos e sem compromisso. “São vinhos com graduação alcoólica mais baixa que o normal, com um pouco mais de açúcar, tornando-se assim um vinho muito fácil de tomar, sem a acidez muito pronunciada típica dos vinhos verdes. Procura emular os vinhos verdes mais tradicionais, mas de forma mais atrativa, com uma imagem bem jovem”, confirma Rui. São mais baratos também. Ficam em torno de R$ 36.
Já a linha Vila Nova traz vinhos verdes mais complexos, mais indicados para harmonização com comida. “São mais estruturados, sem perder os elementos fundamentais do vinho verde, o frescor, a aromática e a acidez”, conclui. São opções mais acertadas para quem já é bebedor contumaz e prefere opção mais madura. Os verdes Vila Nova loureiro e alvarinho vão bem com comida. A partir de R$ 46,90. Para beber bem geladinhos.