Você sabe diferenciar fome e ansiedade?
Saiba como agir no caso de exagero alimentar por questão emocional
Não é fácil controlar a ansiedade em tempo de pandemia. Em meio à crise, passar por situações que levem ao estresse, decepção, apatia ou momentos de grandes incertezas, faz as pessoas terem dificuldade em discernir onde acaba o apetite e começa a ansiedade. Se você sofre desse mal, saiba que há comportamentos que ajudam a diminuir o problema.
Só para início de conversa, de acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde neste mês, em uma amostra de 19.826 entrevistados, 74% apresentaram sintomas de ansiedade durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
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Maria Julia Coto, consultora em nutrição da ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), explica que em situações de nervoso e ansiedade, liberamos um hormônio chamado cortisol, produzido pela parte superior da glândula supra renal, que está diretamente envolvido na resposta ao estresse. "Ao aumentar o nível de cortisol, o corpo tende a mobilizar rapidamente as reservas de energia, ocasionando mudanças no metabolismo e fluxo de sangue. Por consequência, algumas pessoas acabam comendo exageradamente como um mecanismo de fuga", diz.
Logo a partir dos primeiros sinais do corpo, é preciso agir com atitudes simples. A primeira delas é não ter neuras.Evitar dietas da moda e restritivas. A privação causada por elas, além de aumentar o estresse, podem gerar deficiência de alguns nutrientes.
Outro caminho é entender os sinais de fome e saciedade. Muitas vezes estamos tão focados na rotina que não paramos para pensar se estamos nos alimentando da forma correta. Antes de começar a comer, pare e pense: "quanto de fome eu estou hoje?".
Em seguida, não desconte os sentimentos na comida. Em dias estressantes, muitas vezes é comum não pensar na quantidade, e no final, só fica arrependimento, e o culpado sempre acaba sendo os carboidratos.
Além disso, identifique se o que está sentindo é realmente fome física ou se é uma tentativa de fuga emocional. Isso porque a ansiedade é manifestada de muitas formas, e por vezes, por meio de uma vontade exacerbada de comer.