Comida é o que move viajantes, diz pesquisa

Plataforma de viagem virtual aponta que sete entre 10 turistas escolhem o destino com base na gastronomia

Torrone é doce típico em Jijona, na Espanha, e tem até museu próprio que conta sua história - Divulgação

Já foi o tempo em que gastronomia era quesito deixado em segundo lugar no planejamento de viagem. E não precisa ser gourmet para priorizar o que se vai comer nas fé­rias. Afinal, praticamente to­dos os destinos têm especialidades - sobretudo, comida de rua e bara­ta - que fazem parte do dia a dia do lu­gar. É o caso do hot dog basicão em Manhattan, Nova York, e dos cre­pes em Paris, capital da França.

E no fim das contas, ninguém fica sem comer, não é verdade? Pesquisa feita por uma das principais plataformas virtuais de hospedagem, o Booking.com, comprova que sete em cada 10 viajantes bus­cam o destino da viagem a partir da culinária local. A empresa também dá dicas de lugares que se destacam pelos comes e bebes frequentados pelos usuários dos seus serviços.

Segundo a empresa, a pesquisa foi realizada com 53.492 entrevistados em 31 mercados. Os participantes eram acima de 18 anos e teriam viajado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses.

O nome da cidade deixa a pista sobre o que o turista vai encontrar ne­la. Hershey, na Pensilvânia, Estados Unidos, é o QG de uma das guloseimas mais famosas no mundo. É lá onde fica a fábrica dos chocola­tes Hersheys que é, obrigatoriamen­te, ponto de visitação de gente de todos os lugares. Caminhe pela Cocoa Avenue e chegue à empresa, localizada na Chocolate Avenue. A fábrica oferece programação, o Hershey’s Chocolate World, quando o visitante cria a sua própria barra de chocolate.

Já na cosmopolita Londres, o visitante encontra quase tudo, imigrantes vendem comida de suas terras de origem, e, especialmente no bairro do Soho, há vários bistrôs de sotaques diferentes.

O chá das 5 é uma instituição da terra da rainha, mas custa caro. Na vibrante Valência, na Espanha, a cidade de Jijona (ou Xixona no dialeto local) é considerada a Capital Mundial do Torrone, aquele tablete doce à base de nozes torradas, ovo, mel e açúcar. Há, inclusive, um museu dedicado à história do doce.

Ao sul da Itália, entre as colinas da Sicília, a cidade de Módica - patrimônio da Unesco -, faz fama com a sua produção de chocolate baseada em uma receita asteca antiga, que precisa de moagem manual para dar ao produto final sua textura granulada e sabor aromático exclusivos.

A Índia dispensa apresentação quan­do se fala em gastronomia. Res­taurantes típicos nas metrópoles ao redor do mundo fazem suces­so entre nativos e viajantes, seduzindo com a potência dos seus con­dimentos e suas cores vívidas.

Em Déli, é possível encontrar a maior variedade de um docinho pouco popular entre ocidentais - o barfi. Guloseima de festa, a origem do seu nome vem da palavra ‘barf’, é um doce denso feito com leite. A Evergreen Sweet House e a Bengali Sweet Center são duas casas super co­nhecidas pela venda da sobremesa.

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Gramado
Ao sul do Brasil, a cidade de Gramado atrai pelo Natal Luz, em dezembro, e pelo clima colonial ao longo do ano. A região tem influência de imigrantes alemães e italianos e sua gastronomia invernal é rica em calorias.

As fábricas de chocolate são as principais atrações, com programações para turista, mas é nas cafeterias onde podemos nos fartar de strudel com nata batida, chocolate quente e cucas.